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Produção para a TV paga impulsiona o melhor ano do Brasil no Emmy

Mauricio Stycer

19/09/2019 15h44

Maira Luisa Mendonça, Marcos Winter e Simone Spoladore em "Magnífica 70"

O anúncio dos indicados ao Emmy Internacional nesta quinta-feira (19) consagra a diversidade da produção brasileira. Foram nove indicações, obtidas por cinco diferentes canais, possivelmente o melhor ano do Brasil neste prêmio dado a emissoras que produzem conteúdo fora dos Estados Unidos. O resultado do prêmio será anunciado em 25 de novembro em Nova York.

Há programas brasileiros indicados nas principais categorias, sendo que sete deles têm origem em canais da TV paga e Netflix. Nas onze categorias do prêmio, só não há produções brasileiras em duas (novelas e reality show).

As indicações mais importantes ocorreram em comédia ("Especial de Natal Porta dos Fundos", feito para a Netflix), drama ("1 Contra Todos", da Conspiração para a Fox), minissérie ("Se Eu Fechar os Olhos Agora", da Globo), programa em língua não inglesa exibido nos EUA ("Magnífica 70", da Conspiração para a HBO) e documentário ("A Primeira Pedra", da Couro de Gato para o canal Futura).

A Globo conseguiu uma segunda indicação em atriz (Marjorie Estiano, em "Sob Pressão", coproduzida pela Conspiração). A Fox e a HBO também conquistaram uma segunda indicação, respectivamente, com Raphael Logam como ator em "Impuros" e por "Ópera Aberta – Os Pescadores de Pérolas" (produzido pela O2) na categoria programação de arte.

Uma nona indicação veio para "Hack The City" na categoria séries curtas. Trata-se de uma produção feita pela Fox Lab para a National Geographic.

Não surpreendeu a ninguém que acompanha a programação da TV brasileira a falta de indicações na categoria novela – os indicados são da Argentina, Colômbia, África do Sul e Portugal.

A variedade destas indicações derruba o argumento que tem deixado a Record fora do prêmio. O canal brasileiro não se inscreve no Emmy Internacional porque a Globo é uma das patrocinadoras da disputa.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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