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“Criação do ‘Tá no Ar’ nasce do caos absoluto”, conta chefe da redação

Mauricio Stycer

15/01/2019 05h01

Parte da equipe de criação do "Tá no Ar": atrás (a partir da esquerda), Thiago Gadelha, Léo Lanna, Alexandre Pimenta, Wagner Pinto e Marcelo Martinez. À frente, Daniela Ocampo, Luiza Yabrudi e Renata Corrêa (além de Adnet e Melhem no pôster). Foto: Globo/Divulgação.

Uma casa no Jardim Botânico, não muito distante do prédio do jornalismo, na zona sul do Rio, abriga as equipes de criação dos programas de humor da Globo. No segundo andar, no maior espaço, reúne-se o time de 13 redatores que escreve o "Tá no Ar". A sala conta com uma mesa de totó (ou pebolim), para diversão, e uma grande mesa, onde cada piada é discutida e aprimorada até ganhar uma versão final. Ao fundo, na parede, são "montados" os episódios, com plaquinhas coloridas que indicam os tipos de piadas.

"É tudo muito discutido junto. Não tem uma ideia que seja inteira de alguém. Realmente o programa é de todos", conta Dani Ocampo, que se define como "uma espécie de chefe de redação" do "Tá no Ar". Ela é também supervisora dos novos projetos de humor encaminhados à Globo, uma posição abaixo do chefe, Marcius Melhem.

Dani descreve a rotina de criação do programa, cuja sexta e última temporada estreia nesta terça-feira (15): "A criação do 'Tá no Ar' nasce do caos absoluto. A gente é muito 'assembleísta'. É o lugar mais coletivo que eu já trabalhei de criação", diz ela ao UOL.

"A montagem de uma equipe é muito importante para um programa. E o Marcius faz isso muito bem. Saber quais são os talentos que aquele programa pede. O 'Tá no Ar' tem talentos muito ecléticos. Tem gente especializada em futebol, rádio, novela, seriado americano.Tem designer, autor de novelas, autor do 'Sensacionalista'. A gente tem os olhares muito variados lá dentro", diz.

Para ir ao ar em janeiro, os roteiros precisam estar prontos em agosto do ano anterior. É quando começa a pré-produção. "Isso faz com que a gente tenha tudo escrito até julho. A gente passa um mês fazendo pente fino em tudo que foi escrito. Frase a frase. Treze programas. Quando chega em agosto, o que ficou é o que todo mundo adora e concorda", conta. "Se uma cena não for do agrado de todo mundo, ela cai. Pode ser ideia do Adnet, do Marcius, se alguém não gostou, cai".

Em 2020, um novo programa de humor, com direção de Lilian Amarante, substituirá o "Tá no Ar". A equipe de redação deve ser a mesma, mas a atração não ocupará, necessariamente, o mesmo espaço na grade.

Em tempo: Na foto acima, estão presentes oito dos redatores do programa, além de Adnet e Melhem (em imagem). Faltaram três: Carolina Warchavsky, Edu Krieger e Maurício Rizzo (também ator do "Tá no Ar").

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

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