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Foi ótimo, mas pode melhorar: cinco problemas que se repetem na “Fazenda”

Mauricio Stycer

14/12/2018 00h27

Caíque Aguiar (1,72% dos votos), João Zoli (35,77%) e Rafael Ilha (62,51%) disputaram a final do reality

Dezesseis subcelebridades sem freios, um apresentador à vontade e afiado, interação eficiente com o público, barracos engraçados, duas expulsões, boa audiência: não há como negar que o saldo desta "Fazenda 10" foi altamente positivo.

Destaquei ao longo da edição vários destes aspectos, da ótima escolha de Nadja à desenvoltura de Marcos Mion, passando pelo eficiente estilo de jogo de Rafael Ilha, sagrado campeão com 62,51% dos votos.

Mas também houve problemas, alguns deles conhecidos dos fãs da "Fazenda" desde a primeira edição. Abaixo, destaco cinco coisas que poderiam melhorar na próxima edição:

Edições mais curtas: Em alguns dias, o programa ocupa quase duas horas da grade da Record. Ninguém aguenta. Um dos segredos do "BBB" é justamente a sua edição compacta, ágil e dinâmica. Com tempo em excesso, a tendência é enrolar; o programa fica com "barriga".

Duração do reality: Imagino que o tamanho da temporada – 87 dias – obedeça a estratégias de programação e interesses comerciais, mas ninguém merece… Assim como o público não aguenta mais novela com 180 capítulos, reality show com três meses de duração é um exagero. Dá para ser mais curto.

Provas mais variadas: As provas da "Fazenda" estão cada vez mais sofisticadas e engenhosas, mas muito parecidas. Quase todas demandam agilidade e força. São gincanas complicadas, que privilegiam, de uma maneira geral, os homens mais atléticos.

24 horas real: Apesar da promessa, a Record continua não exibindo o reality sem interrupções ao longo do dia. Frequentemente, a transmissão 24 horas é cortada para o espectador não assistir a atividades que a direção que manter em segredo para mostrar à noite na TV.

Problemas técnicos: Assim como ocorreu na edição passada, um problema de áudio deixou Marcos Mion em pânico. A situação foi tão grave que o apresentador se viu obrigado a apresentar uma votação entre os peões na presença deles.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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