Se a intenção é irritar e desagradar o público, “Segundo Sol” se superou
Mauricio Stycer
28/09/2018 05h01
Já observei que "Segundo Sol" frequentemente testa a paciência do público com situações irritantes e personagens excessivamente burros. Mas o capítulo desta quinta-feira (27), creio, bateu todos os recordes.
Primeiro, mostrou a vingança de Luzia (Giovanna Antonelli) contra Karola (Deborah Secco) por meio da exposição pública de um vídeo em que a vilã aparece em situação íntima com o vilão Remy (Vladimir Brichta).
Depois, a novela exibiu a reação de Rochelle (Giovanna Lancelotti) à decisão de Roberval (Fabrício Boliveira), que a expulsou de casa. Para reverter a situação, a patricinha malvada resolveu simular uma situação de assédio sexual contra o tio (imagem no alto).
Como observaram inúmeras espectadoras, a falsa acusação de assédio ajuda a desmoralizar as acusações verdadeiras e, por isso, presta um enorme desserviço para as mulheres.
É verdade que, logo depois do beijo, Maura manifestou arrependimento, mas não está claro se a personagem ainda terá outras "recaídas" até o fim da novela.
Com audiência abaixo da esperada, "Segundo Sol" se arrisca a provocar ainda mais rejeição se seguir com este objetivo de irritar os espectadores.
Quem é o personagem mais burro de "Segundo Sol"?
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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