Que fase! Ao vivo, Globo manda funcionária desmentir criança no Vídeo Show
Mauricio Stycer
08/08/2018 22h20
No ar há menos de três semanas, o novo "Vídeo Show" vem enfrentando todo tipo de problema – de baixa audiência a gafes memoráveis. Como tudo que está ruim sempre pode piorar, nesta quarta-feira (08) a Globo se viu obrigada a mandar uma coordenadora de cena de "O Tempo Não Para" entrar ao vivo para desmentir o depoimento de uma atriz-mirim da própria novela.
O vexame começou com a entrada em cena das crianças Natthalia Gonçalves e Raphaela Alvittos, que vivem as gêmeas Kiki e Nico na trama. Elas vieram acompanhadas de um cachorro, chamado na novela de Pirata.
Sophia Abrahão e Fernanda Keulla tentavam entrevistar as duas meninas enquanto o cachorro, agitadíssimo, puxava a coleira e tentava correr pelo estúdio. Foi quando Natthalia explicou: "A gente tem o truque de deixar ele deitado. Só que agora, como a gente não está com a comida, não dá pra fazer. E também, às vezes, dá anestesia porque ele não para quieto".
Anestesia??? Sophia reagiu como todo mundo que estava assistindo em casa: "Ai, meu Deus!". Imediatamente, pelo ponto eletrônico, alguém gritou algo e a apresentadora acrescentou: "Não dão anestesia, estão falando aqui. O cachorro é fofo mesmo".
Como é difícil duvidar de uma criança, a revelação de que o cachorro da novela é anestesiado para se acalmar se espalhou velozmente pelas redes sociais. Quarenta minutos depois, encerrando o "Vídeo Show", a apresentadora voltou ao assunto: "Gente, só um esclarecimento. Todas as cenas com cachorro são acompanhadas pelo seu dono. A gente tem dois cachorros para interpretar o papel de Pirata que são adestrados para fazer todas as suas cenas, inclusive em que aparece dormindo".
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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