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Silvio: “Se ganhasse a eleição para presidente, teria feito um bom governo”

Mauricio Stycer

05/08/2018 23h41


Em momento muito descontraído, Silvio Santos se submeteu a uma entrevista feita pelos jornalistas Leo Dias e Fabíola Reipert neste domingo (05). O apresentador recebeu a dupla no "Jogo das 3 Pistas" e, em vez de questioná-los, como sempre faz com os convidados, se colocou à disposição para responder a perguntas dos dois.

Fabíola apresenta o quadro "A Hora da Venenosa", dentro do "Balanço Geral", na Record, e Leo é um dos apresentadores do "Fofocalizando", no próprio SBT. Especialistas na cobertura de celebridades, os dois questionaram Silvio sobre assuntos variados, de vida pessoal à política, passando pela sucessão na empresa.

"Pode perguntar o que quiser", disse Silvio à dupla. Debochado ao falar de sexo e inconveniente ao fazer referências às bailarinas do programa, o apresentador pareceu muito sincero ao dizer que, na sua opinião, teria sido um bom presidente do Brasil caso tivesse disputado as eleições em 1989 – ele chegou a se candidatar pelo minúsculo PMB, mas o TSE impugnou a candidatura.

Veja abaixo os principais trechos da conversa com Fabíola Reipert e Leo Dias:

Candidato a presidente
Eu fui candidato e se o partido estivesse realmente legal e eu pudesse concorrer à Presidência, se eu ganhasse, tenho certeza, absoluta certeza, que eu faria um bom governo. Não é difícil. Eu acho que o Brasil deveria ter dois partidos só, como nos Estados Unidos. Com tantos partidos como nós temos, mais de 30, as pessoas que poderiam ser convidadas para o governo, elas estão espalhadas pelos 30 partidos. Se elas estivessem apenas no partido A e no partido B, seria mais fácil para o presidente escolher as melhores pessoas. Ninguém faz um governo sozinho.

Votaria no Luciano Huck?
Depende dos candidatos que concorreriam com ele. Não tem nada que o impeça de ser candidato. Tem família, é um rapaz bem comportado, acredito que não seja difícil governar se se cercar de bons ministros. Não tenho nada contra o Luciano Huck ou outro de televisão. Pode ser um bom candidato. Pode ganhar e pode dirigir bem. Onde a gente vai pegar gente boa para dirigir o Brasil? No partido? Em qual partido? Tem 30. Não tem condição.

Sucessor no SBT
No SBT eu só apresento programa, eu não faço nada a não ser apresentar. No meu lugar, eu colocaria a Patrícia. Ela tem condições. É a que está em mais condições de pegar o meu programa e tocar tranquilamente.

Filha favorita
Elas são todas legais, mas acho que a minha filha favorita é a Rebeca, que você não conhece. A Rebeca tem mais o meu jeito. É a mais parecida comigo, as outras são iguais à mãe, tudo bola murcha. A Rebeca é tão parecida comigo que é a única que até agora não conseguiu segurar um homem, é a única que não conseguiu casar. É muito exigente. Pra casar com ela, tem que ser um camarada legal, de respeito.

Futuro
Daqui a cinco anos, coitado, se eu estiver vivo até lá… é muito ruim. Vi uma foto do Kirk Douglas com 102 anos. Para viver até os 102 anos com aquela cara, é melhor se matar. Não quero nem imaginar. Tô com 87, mais cinco, 92… Daqui a cinco anos vou estar quase morto. Se não estiver morto, vou estar quase morto. Pra que um homem quer viver até os 92 se não tem mais sexo, não tem mais nada? Quando o homem não pode mais fazer sexo, perde 70% da vida. Fica 10% pra comer, 10% pra dormir e 10% pra se divertir, jogar quebra-cabeça… É a pior coisa do mundo. É melhor morrer do que perder o sexo.

Whatsapp
Se eu colocar o whatsapp no meu celular, minha mulher vai me vigiar e as bailarinas do programa vão ficar sem o coronel.

Cirurgia plástica
Já fiz três plásticas. No rosto. Você queria que eu fizesse aonde? Na barriga eu não fiz. A primeira eu fiz com 40 anos, a segunda com 60. A terceira com… Agora eu quero fazer outra, mas o médico disse que eu posso virar defunto e não quer fazer. É capaz de eu morrer na anestesia e ele não quer fazer.

Iris Abravanel
Quando ela pede, eu lavo louça, sim. Aliás, sou escravo dos desejos da minha mulher. Se eu não fosse tão apaixonado pela minha mulher, eu não pagaria só R$ 400 mil pra jantar com uma das minhas bailarinas. Eu pagaria muito mais. Porque as minhas bailarinas eu sei que elas são caras. A coreógrafa, então, nem pensar. Não namora, não tem noivo, não tem marido e não quer nada com homem. E diz que é mulher de verdade. Estou pagando por qualquer informação sobre a bailarina-coreógrafa Rafaela. Porque se ela estiver me tapeando, eu vou dobrar o cachê dela.

Roupas repetidas
Rico tem dez camisas, gosta só de duas ou três. Tem dez sapatos, usa só dois ou três. Rico tem tudo de monte, não usa nada. É tudo igual. Tem dez mulheres, gosta das dez…

Maísa ou Larissa Manoela
Não sou pedófilo. Mas, independente de eu não ser pedófilo, as duas não são meu tipo. A Larissa Manoela é uma loira muito enxaguada. A Maisinha é toda metida a besta. Nenhuma das duas. Aqui no SBT eu ainda não perdi a esperança… Já perdi o sexo, mas não a esperança… Estou atrás da Rafaela, aquela que dança de branco aqui no meio. É o petit gateau. Tô atrás daquela menina, a (Helen) Ganzarolli. Aqui no SBT só tem essas duas.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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