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William Waack imita gesto de Miriam Leitão e diz: Não tenho chefe no ponto

Mauricio Stycer

04/08/2018 19h22


A entrevista de Jair Bolsonaro ao programa "Central das Eleições 2018″, exibida pela GloboNews na noite de sexta-feira (03), terminou com uma situação não programada. Avisada pelo ponto eletrônico, a apresentadora Miram Leitão pediu para todos permanecerem sentados. Alguns instantes depois, ela começou a falar um texto, aparentemente ditado pelo ponto, explicando por que o Grupo Globo, que apoiou o golpe militar de 1964, décadas depois considerou este gesto um erro. O texto foi motivado por um comentário do candidato do PSL à Presidência, durante a sabatina, lembrando palavras de um editorial do jornal "O Globo" sobre o assunto.

O constrangimento passado por Miriam Leitão ao reproduzir o editorial foi tema de um comentário do jornalista William Waack neste sábado (04). Em seu canal no You Tube, onde apresenta um programa intitulado "Painel WW", ele primeiro imitou os gestos e as palavras da jornalista da GloboNews durante o seu instante de hesitação: "Vocês já pensaram eu terminar uma edição do 'Painel WW', com os meus convidados ainda sentados ali, e eu falo assim: 'Aguenta mais um pouquinho… um momento… Eu queria dizer… em relação ao que o convidado acabou de dizer… Abre aspas… Que é fato… Fecha aspas'. Gente, cada um adjetiva isso como quiser".

Em seguida, disse: "Eu não tenho chefe no ponto. Eu falo as coisas pela minha consciência. As pessoas concordam, discordam, aplaudem, xingam, mas eu queria deixar um recado. Fiquem tranquilos: tudo que eu falo é por mim. Eu não tenho chefe no ponto".

Waack trabalhou na Globo por 21 anos. Em novembro de 2017, foi afastado após o vazamento de um áudio, gravado um ano antes, no qual apareceu fazendo comentários de cunho racista. Em 22 de dezembro, o seu contrato com a emissora foi rescindido.

Veja abaixo o vídeo de Waack:

E aqui, a situação ocorrida no final da entrevista na GloboNews:

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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