Conversão de Rosa em Segundo Sol é reviravolta digna das melhores novelas
Mauricio Stycer
20/07/2018 23h31
Corajosa, altiva, justa, Rosa (Letícia Colin) representava o lado do bem na luta contra as vilãs Laureta (Adriana Esteves) e Karola (Deborah Secco) em "Segundo Sol". Nesta sexta-feira (20), após descobrir o maior crime que as duas cometeram, ela vacilou diante do convite para trocar de lado e mostrou que tinha um preço: R$ 300 mil.
Neste sábado, no 60º capítulo de "Segundo Sol", a primeira providência de Rosa será tomar um "banho de loja" num shopping e, na sequência, fazer uma "entrada triunfal" no ambiente que ela antes frequentou como "funcionária" – agora será sócia.
Não sabemos se esta conversão de Rosa ao time das vilãs é definitiva ou apenas um vacilo que ela poderá corrigir mais para a frente. Para o andamento da novela, importa que se trata de uma virada de enorme impacto na trama.
O desenvolvimento desta história deixa ainda mais explícito o papel até o momento pouco relevante de Beto Falcão (Emílio Dantas) e Luzia (Giovanna Antonelli), os personagens que, tudo indicava, seriam os protagonistas de "Segundo Sol".
A conversão de Rosa foi um duro golpe em quem apostava num tropeço de Laureta e Karola. Um momento de desesperança, mas construído de forma crível. As duas são inescrupulosas demais e cometeram, entre outros, um crime muito odioso – o roubo do bebê de Luzia, fazendo a mocinha acreditar que a criança morreu.
João Emanuel Carneiro ainda tem muita novela pela frente e, não surpreende, ainda precisa esticar a corda das maldades, agora reforçando o time com a mudança de lado de Rosa. Foi uma reviravolta digna das melhores novelas.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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