Com leveza, Mario/Mariana ajudou "Orgulho e Paixão" a falar de machismo
Mauricio Stycer
20/07/2018 05h01
Com muito bom humor, "Orgulho e Paixão" finalmente mostrou aonde pretendia chegar com a simulação de Mariana (Chandelly Braz), que se fez passar por Mário, um homem. O seu objetivo era pilotar motocicletas, uma prática vetada às mulheres, e se aproximar mais de Brandão (Malvino Salvador). Involuntariamente, mexeu com o coração de Luccino (Juliano Laham).
Já Brandão ficou transtornado após beijar Mário no capítulo de terça-feira (17). Nesta quinta (19), disse a ele: "Você tem sentimentos impróprios por mim. Eu já tive colegas que se pareciam com você. Eu não. Eu gosto de mulher". Foi, então, que Mariana revelou-se para o coronel. Despiu-se diante dele e provou que é uma mulher.
A trama se arrastou por mais tempo que merecia, mas valeu a pena. Marcos Bernstein foi muito hábil ao usar a brincadeira para, com toda a leveza que o horário exige, falar um pouco sobre machismo, sexualidade e preconceito.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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