Suspeito de copiar formato de game, Silvio diz que a Globo é que o imitou
Mauricio Stycer
06/05/2018 22h04
Lançado pela rede americana NBC em dezembro de 2016, o gameshow "The Wall" rapidamente se tornou uma franquia internacional. A Wikipedia lista 20 países onde o formato já é exibido. No Brasil, foi ao ar em março deste ano, dentro do "Caldeirão do Huck", na Globo.
O princípio de ambos é idêntico. O candidato responde a uma pergunta e, acertando a resposta, tem direito a jogar uma bola ou uma ficha do alto de um painel. Ela desce esbarrando em obstáculos e se aloja no pé, em uma das muitas posições existentes (cada uma representando um valor diferente).
Quem conhecia o formato original logo suspeitou que o SBT estava copiando "The Wall" sem pagar direitos pelo formato. Quando o quadro estreou na Globo, ficou clara a semelhança.
Mais tarde, apresentando o quadro "O Dono do Trono", o Patrão voltou a fazer piada com a Globo. O show de talentos musical disputado por crianças no SBT, lançado em janeiro deste ano, foi comparado ao "The Voice Kids", formato que a concorrente exibe desde 2016. "É tudo uma imitação. a Globo viu meu programa e foi lá e imitou", disse Silvio, rindo.
O apresentador ainda lembrou que "O Dono do Trono" limita a participação de crianças até 10 anos, enquanto o "The Voice Kids" permite candidatos com até 15 anos. "A Globo não sabe copiar, sempre copia errado. Aqui é até 10 anos", disse.
Silvio falando sobre o The Wall do Huck e ainda indignado que o Luís Ricardo deu R$ 1 milhão na ausência dele #ProgramaSilvioSantos pic.twitter.com/faQ88HV2Aa
— tulio (@tulio) 6 de maio de 2018
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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