Em estreia na Band, Amaury promete fugir do “circo de vulgaridade na TV”
Mauricio Stycer
28/01/2018 03h34
Nome mais importante do colunismo social na televisão, Amaury Jr. estreou novo programa neste sábado (27), na Band. A estreia ocorreu menos de três meses depois de a RedeTV!, onde estava havia 15 anos, rescindir abruptamente o seu contrato.
O apresentador foi saudado por artistas de várias emissoras concorrentes, como Christiane Torloni, Jô Soares, Ratinho, Rodrigo Faro, Gugu, Ronnie Von e Fábio Porchat, entre muitos outros, que gravaram depoimentos.
Assim que entrou no estúdio da Band, Amaury anunciou: "Eu prometo a vocês um sábado cheio de emoções, convidados relevantes, grandes festas e prometo fugir do circo de vulgaridade, pelo qual, às vezes, nós somos tentados em busca de uma audiência fácil."
Curiosamente, a estreia foi precedida pela exibição, na mesma Band, de uma comédia pornô, "O Virgem de 41 Anos" – um circo de vulgaridade, para usar as palavras de Amaury.
Descontraído, como sempre, Amaury questionou Roberto sobre a sua parceria com a atriz e cantora Jeniffer Lopez. "Ela não te assanha?", quis saber. "Assanha qualquer um. Mas a gente tem que se comportar", respondeu o Rei, sempre recatado. "Você finge que erra para prolongar os ensaios", provocou o apresentador, arrancando risos de Roberto.
No final, o apresentador ofereceu o microfone a Temer para ele fizesse, sem qualquer interrupção, uma longa digressão sobre o seu governo, em tom de propaganda institucional, enaltecendo a si próprio.
Na TV desde 1982, Amaury é um mestre na arte da entrevista com celebridades, em especial em ambientes festivos. A Band acertou ao escalá-lo para o início da madrugada dos sábados. Só precisa programar melhor os filmes da sessão "Top Cine".
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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Sobre o blog
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