Público não teve como notar um furo no início de “O Outro Lado do Paraíso”
Mauricio Stycer
26/01/2018 05h01
No final do segundo capítulo de "O Outro Lado Paraíso", exibido em 24 de outubro de 2017, Clara (Bianca Bin) conheceu Elizabeth (Gloria Pires) num shopping no Rio. Em instantes, ficaram amigas e, ao se despedirem, a estilista deu o seu cartão para a moça de Tocantins, que estava passando a lua de mel no Rio. Clara olhou detidamente o cartão, elas se abraçaram e se despediram.
Naquele momento da novela, terceiro capítulo, nós, espectadores, ainda não sabíamos que o sogro de Elizabeth, Natanael Montserrat (Juca de Oliveira), era irmão do marido de Sophia Montserrat (Marieta Severo). Por isso, não tínhamos como perceber a coincidência. Mas os personagens sabiam. Clara havia acabado de se casar com Gael Montserrat. Seria natural, por isso, que ela e o marido, ao olharem o cartão, notassem que o sobrenome de Elizabeth era igual ao deles.
É óbvio que se Clara notasse e questionasse Elizabeth logo descobriria a ligação dela com a família de seu marido – e isso atrapalharia bastante os planos do autor da novela.
Só mais recentemente, quando o sobrenome Montserrat começou a ser mais citado, é que um leitor se deu conta deste furo no início de "O Outro Lado do Paraíso". Mais um.
O "detetive" pediu para não ser identificado.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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