Troféu Sinceridade: Na F-1, Anitta diz torcer por quem paga seu cachê
Mauricio Stycer
12/11/2017 14h20
Em um GP Brasil sem maior importância, já que o campeão da temporada 2017, Lewis Hamilton, foi definido no México, no final de outubro, a cantora Anitta acabou se tornando uma das principais atrações da transmissão da Globo neste domingo (12).
Assim que terminou de cantar o Hino Nacional, ela foi cercada pelos dois repórteres da emissora em Interlagos. "Você vai torcer pro Hamilton, que é seu amigo, ou pro Felipe (Massa), que é brasileiro?", quis saber Guilherme Pereira. "Eu vou torcer pra Renault hoje, porque eu vim pra isso", respondeu a cantora, deixando claro que a sua missão no autódromo era cumprir uma ação de merchandising.
Talvez surpresa com a própria sinceridade, Anitta acrescentou: "Além de cantar o hino eu vim pra isso. Mas também tô torcendo pro Brasil, por Hamilton, que é meu amigo, pra toda essa galera." Pereira comentou: "Ficou em cima do muro, bonito, Galvão". Mariana Becker também tentou contemporizar: "Se saiu bem, Galvão". Mas o narrador preferiu esclarecer a sinceridade da cantora: "Ficou pelo lado do patrocinador", disse.
Como é comum em competições esportivas, o Hino Nacional não foi apresentado integralmente. O UOL Esporte, lembrou neste domingo que a própria Anitta disse na véspera da corrida que haveria pequena modificação para encurtar a música. A versão que ela cantou, com apenas 1min40, fundiu as duas partes, causando estranhamento em alguns espectadores. Leia mais aqui. Na Copa de 2014, por exemplo, a Fifa estabeleceu que os hinos nacionais poderiam ter, no máximo, 90 segundos de duração. A versão do hino brasileiro tocado nos estádios tinha 65 segundos.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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