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Culpado por morte nem estava em “Os Dias Eram Assim” na época do crime

Mauricio Stycer

15/09/2017 09h42


Exibida no final de maio, a morte de Arnaldo (Antonio Calloni) em "Os Dias Eram Assim" foi esclarecida no capítulo desta quinta-feira (14), quase quatro meses depois. A solução do "quem matou" foi original: Ernesto (José de Abreu), que confessou o crime (cena acima), não era personagem da supersérie na época do crime.

Esta solução surpreendeu todo mundo. O empresário Arnaldo foi assassinado no final da primeira fase da trama, na década de 70. Ele estava internado, quando alguém entrou em seu quarto no hospital e o matou.

Na época, o site Noticias da TV informou que o crime não constava nos capítulos originais e foi inserido em cenas enviadas aos atores posteriormente. Três eram os suspeitos iniciais: Cátia (Bárbara Reis), Josias (Bukassa Kabengele) e Amaral (Marco Ricca). Na reta final, Gustavo (Gabriel Leone) foi acusado pela morte do vilão.

Ernesto, um militar reformado, só entrou em "Os Dias Eram Assim" quando a trama avançou para a década de 80. Seria difícil algum espectador imaginar que um personagem que não existia na época da morte de Arnaldo pudesse ter cometido o crime. "Um absurdo", protesta o leitor Mr. Novela, que me escreveu para comentar a cena.

Podemos dizer que as autoras, Ângela Chaves e Alessandra Poggi, fizeram mágica, ou recorreram a um golpe baixo, para surpreender os espectadores.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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