“Você é um ótimo ator”, diz Ana Carolina ao julgar Thiago Fragoso cantando
Mauricio Stycer
04/09/2017 05h01
"Popstar" chegará no próximo domingo ao seu décimo e último episódio sem conseguir resolver um problema que apareceu já na estreia – a falta de disposição da maior parte dos jurados de fazer julgamentos sinceros e a irritação do auditório com os raros comentários negativos.
Na semifinal, neste domingo (03), o problema voltou a chamar a atenção: técnicos complacentes com apresentações medianas e público empolgado com qualquer coisa.
Os "técnicos" do programa foram Ana Carolina, Dinho Ouro Preto, César Menotti & Fabiano, Elba Ramalho, João Barone, Samuel Rosa, Tato, Joana e Geraldo Carneiro.
Após ouvir as vaias, Ana Carolina retornou ao seu argumento e fez por merecer o Troféu Sinceridade: "A gente está aqui pra votar… Mas você é um grande ator, um grande ator".
Já Samuel Rosa foi hostilizado por não aprovar a performance de Lúcio Mauro Filho, cantando "Give It Away", do Red Hot Chili Peppers. Antes mesmo de falar, o líder do Skank foi vaiado. Ele, então, "desenhou" para a plateia sua função no programa: "Antes de mais nada eu quero dizer que a gente está aqui pra votar 'sim' e também pra votar 'não'."
A apresentadora Fernanda Lima apoiou o músico, que continuou: "Senão fica sem graça. E quem vem participar aqui também sabe disso. Está se expondo a vir aqui tomar um 'não' na testa".
No caso mais extremo, de Érico Brás, que desafinou muito ao cantar "Alma de Guerreiro", de Seu Jorge, não houve reclamações do público e ele foi gongado por um número recorde de jurados – três (César Menotti, Ana Carolina e Dinho).
Érico, Thiago e Fabiana Karla foram eliminados e não vão participar da final no próximo domingo.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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