Afastado por problema de saúde, participante de “A Casa” ameaçou se matar
Mauricio Stycer
03/07/2017 12h09
A Record está tendo que lidar com situações pouco usuais e, alguns casos, dramáticas, por conta de "A Casa", seu novo reality show no ar desde a última terça-feira (27). O confinamento de 100 pessoas em um ambiente confortável para apenas quatro tem mexido com os ânimos e a saúde dos participantes.
O caso que mais assustou até agora foi de um participante afastado após ter sido diagnosticado com conjuntivite – uma inflamação nos olhos, não muito grave, mas contagiosa.
Levado para um hotel, utilizado pela Record como apoio para a produção, o participante não se conformou com a eliminação e teve o que foi descrito como um ataque. Quebrou coisas e ameaçou se matar. A polícia foi chamada ao local. E a situação se resolveu.
Como a história se passou fora do espaço do reality, não será vista pelo público. E o participante não será identificado – mais de um candidato deixou a casa por causa de conjuntivite.
O programa começou a ser gravado no início de junho e tem ainda uma semana de gravações pela frente. Nesta altura, ainda há cerca de 30 pessoas confinadas. Só o último episódio, no final de agosto, será exibido ao vivo.
A emissora não confirma os detalhes da história envolvendo o participante que ameaçou se matar, mas reconhece que está tendo dificuldades com alguns candidatos eliminados.
Há muitas reclamações e revolta entre quem já saiu do programa. Diferentemente de outros realities, como o "BBB" ou "A Fazenda", "A Casa" oferece poucas compensações aos eliminados. Com 100 participantes, a chance de ganhar ao menos 15 minutos de fama está longe de ser garantida para quem se submeteu aos perrengues deste novo programa.
"A Casa", apresentado por Marcos Mion, é exibido às terças e quintas, às 22h30.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
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