Por mais improviso e menos teleprompter da Xuxa na segunda temporada
Mauricio Stycer
27/06/2017 01h01
Mal terminou a final do "Dancing Brasil", Fábio Porchat deu início a uma transmissão ao vivo do seu talk show – e a sua primeira piada foi oferecer um ponto eletrônico para Xuxa quebrar: "Maldito ponto".
A brincadeira expressa a sensação geral de que Xuxa ainda não se soltou completamente à frente do programa. Com muito texto para ler no teleprompter e ouvindo muitas instruções pelo ponto, a apresentadora da Record passa a sensação de que pode fazer mais à frente deste concurso de danças. "Tô aprendendo", disse Xuxa a Porchat.
A apresentadora contou que não é a primeira vez que segue um roteiro escrito no teleprompter, mas em outras situações mudava o texto, colocava "cacos". "Agora, tenho que fazer certinho porque é ao vivo", justificou.
A imagem no alto do texto mostra um raro momento de improviso no episódio final. Ao saber o resultado de um dos números que apresentou, Maytê Piragibe gritou "Tamo junto, porra!!", provocando risos da apresentadora.
Ainda que não tenha conseguido alcançar a vice-liderança em seu horário ao longo da temporada, "Dancing Brasil" foi um programa muito bem-sucedido – uma superprodução, com ritmo intenso, muita dedicação dos candidatos e bons números de dança.
O trio de jurados – Fernanda Chamma, Jaime Arôxa e Paulo Goulart Filho – não comprometeu. Apesar de algumas decisões polêmicas, como sempre ocorre, foram claros em suas explicações e ajudaram o público a entender as diferenças entre os estilos de dança e o desempenho dos candidatos.
Sem medo de cansar o público, "Dancing Brasil" terminou com a apresentação do elenco da segunda temporada – um time ainda mais eclético do que o desta primeira, como figuras como Theo Becker, Yudi Tamashiro e Tiazinha. A estreia está programada já para o dia 24 de julho. Só espero que tenha mais improviso e menos teleprompter da Xuxa.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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