Desafio de “A Lei do Amor” é acabar com Ibope melhor que “A Regra do Jogo”
Mauricio Stycer
09/02/2017 04h03
A menos de dois meses do fim, "A Lei do Amor" será mais uma novela lembrada por sua trajetória atribulada. Com números baixos de audiência, os autores se viram pressionados a fazer muitas alterações na história, matar alguns personagens, mudar o perfil de outros e apelar em busca de alguns pontinhos a mais no Ibope.
Desde a estreia, em 3 de outubro, a novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari vem registrando números de audiência semelhantes aos de "A Regra do Jogo", exibida entre 31 de agosto de 2015 e 11 de março de 2016.
No ranking do Ibope das novelas das 21h, em São Paulo, a trama de João Emanuel Carneiro é a segunda pior de todos os tempos, à frente apenas de "Babilônia", de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, exibida em 2015 (veja a lista abaixo).
A atual trama das 21h se manteve, por muitas semanas, com média superior à de "A Regra do Jogo", mas em dezembro e janeiro ficou atrás. Até o capítulo 102 (28/1), "A Lei do Amor" acumulava média de 25,9 pontos contra 26 de "A Regra do Jogo" com o mesmo número de capítulos.
Ao final da semana seguinte (capítulo 108, em 4/2), impulsionada por muitas reviravoltas, a atual trama das 21h chegou a uma média de 26,1 – um décimo a mais que a trama de João Emanuel registrava na mesma altura.
É preciso lembrar que "A Regra do Jogo" teve um crescimento surpreendente nos seus últimos dois meses, registrando mais de 40 pontos nos dois últimos capítulos e conseguindo terminar com uma média de 28,48 pontos. Este é o desafio atual de "A Lei do Amor": mostrar força e crescer no Ibope na sua reta final, no esforço de superar o desempenho da história protagonizada por Romero Rômulo (Alexandre Nero).
Média final de audiência em São Paulo
Velho Chico: 28,97 pontos
A Regra do Jogo: 28,48
Babilônia: 25,45
Império: 32,71
Em Família: 29,63
Amor à Vida: 35,51
Salve Jorge: 33,96
Avenida Brasil: 38,9
Fina Estampa: 39,2
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Agradeço ao pesquisador Fabio Dias pelos dados atualizados que citei neste texto.
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
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