Na final do concurso de melhor voz, barriga de Claudia Leitte rouba a cena
Mauricio Stycer
29/12/2016 23h51
A quinta temporada do "The Voice Brasil" chegou ao episódio final, nesta quinta-feira (29), com o jogo ganho. Em matéria de audiência, superou as duas edições anteriores e ficou atrás apenas da segunda temporada, em 2013.
Em termos de disputa musical, a final também não provocou maior emoção. Como a votação foi aberta para o público uma semana antes, os números musicais da noite tiveram pouco influência no resultado. Quem decidiu foram os fãs-clubes que passaram sete dias votando.
A novidade da noite acabou sendo Claudia Leitte. Bem comportada durante quase toda a temporada, a jurada apareceu com visual ousado. Como anunciou o site do programa, "vestida para arrasar", a cantora usou uma saia curta e um top, exibindo generosamente as pernas e a barriga.
Ao se apresentar, também surpreendeu ao cantar "D'yer Mak'er", do Led Zeppelin, relembrando uma versão que ela interpretava nos tempos de Babado Novo.
O "The Voice Brasil" está consolidado e não apresentou nenhuma mudança significativa em relação às temporadas anteriores. O que explica o sucesso desta quinta edição no Ibope?
É possível imaginar que o programa surfou, em 2016, em uma onda maior. Ao longo do ano a Globo registrou crescimento de audiência em muitos de seus programas. Também cresceu o número de aparelhos ligados – um reflexo da crise econômica. Com competência, o "The Voice" teve um ano ótimo – coroado com a performance de Claudia Leitte.
Fraca, audiência da final só supera a da primeira edição
Apesar dos bons números ao longo da temporada, a final da 5ª temporada registrou a pior audiência em finais desde que o programa passou a ser exibido durante a semana, à noite. Em São Paulo, o "The Voice" marcou média de 19 pontos, abaixo das finais de 2015 (21 pontos), 2014 (22) e 2013 (27). Só foi melhor que a final da primeira edição, exibida nas tardes de domingo, em 2012, que marcou 16 pontos.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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