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Trump reclama no Twitter da imitação que Alec Baldwin faz em humorístico

Mauricio Stycer

05/12/2016 16h32


Pela segunda vez em três semanas, desde que foi eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump foi ao Twitter fazer críticas ao programa "Saturday Night Live". O protesto mirou mais uma vez um quadro no qual o ator Alec Baldwin interpreta, com muita galhofa, o próprio Trump.

No esquete exibido neste último sábado (3), Baldwin debocha de uma característica que tem surpreendido os americanos – o uso desenfreado que o presidente eleito faz do Twitter. Ao invés de falar com jornalistas, Trump tem transmitido informações diretamente ao público por meio desta rede social.

Enquanto assessores tentam tratar de assuntos sérios com o presidente (Baldwin), ele está ocupando replicando a mensagem enviada no Twitter por um garoto de 16 anos (o que de fato aconteceu). Veja abaixo (em inglês):

Assim que a piada foi ao ar, Trump escreveu no Twitter: "Acabei de tentar assistir Saturday Night Live – 'inassistível'. Totalmente tendencioso, nada engraçado. E a representação de Baldwin não pode ficar pior. Triste".

O humorístico da NBC, no ar há mais de 40 anos, sempre fez paródias de políticos. Baldwin começou a interpretar Trump no início de outubro, durante a campanha presidencial. E continuou a fazer o personagem depois que o empresário venceu Hillary Clinton nas eleições.

O fato de Trump seguir reclamando da imitação mesmo depois de eleito é o que mais chama a atenção. Diferentemente do que ocorreu antes da eleição, quando era apenas um candidato, não parece natural que o presidente eleito dos Estados Unidos reclame publicamente de piadas. O gesto pode soar como uma tentativa de intimidação.

Em todo caso, nem o "Saturday Night Live" nem Baldwin parecem estar preocupados com as críticas de Trump. No domingo, algumas horas depois de o presidente eleito dizer que não dava para assistir à paródia, o ator respondeu, também no Twitter, provocando-o: "Exiba as suas restituições do Imposto de Renda e eu paro. Ha."

No Brasil, Zorra ri de Temer

Desde o início da segunda temporada, em abril, o "Zorra" tem mostrado disposição e coragem para investir no humor político. O humorístico da Globo, quase toda semana, faz piadas sobre a situação do país – do impeachment de Dilma à formação do ministério de Temer, passando pelas acusações de corrupção a inúmeros políticos.

Neste sábado (3), o "Zorra" exibiu um dos esquetes mais ousados do ano. Ele mostra uma mulher levando Temer a uma "concessionária de presidentes" com o objetivo de trocá-lo por outro. "Mas acabou de trocar! Que angústia", espanta-se o funcionário da loja. "Não estou satisfeita. Começou a dar um monte de problemas mesmo sendo novo. Aí fala na propaganda que é diferente. Não é diferente".

O representante comercial, então, mostra algumas alternativas ao presidente. Veja abaixo.

Deixo isso aqui pra quem perdeu o Zorra ontem => pic.twitter.com/PNbuhwdfu2

— Sonsa Abrao (@SonsaAbrao) 4 de dezembro de 2016

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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