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Pior audiência de série da Globo na história, Supermax atrai público jovem

Mauricio Stycer

18/11/2016 06h01


Exibidos os primeiros oito episódios, "Supermax" acumula os números de audiência mais baixos já registrados por uma série da Globo na faixa horária de exibição – normalmente dedicada a séries cômicas ou à novela das 23h.

Com uma média de 11,9 pontos em São Paulo, a série acumula resultados negativos desde a estreia, em 20 de setembro, quando marcou 14,9 – contra uma média de 17,4 que a emissora vinha registrando nas semanais anteriores. Há duas semanas, no dia 8 de novembro, "Supermax" teve o seu pior resultado – apenas 9,7 pontos.

Esta semana, exibida por volta das 23h30, a série alcançou 12,8 pontos. O jogo da seleção brasileira contra o Peru, exibido em seguida, até as 2h da manhã, rendeu 19,6 pontos para a Globo.

Criação de José Alvarenga Jr., Marçal Aquino e Fernando Bonassi, o mesmo trio por trás de duas boas séries policiais ("Força Tarefa" e "O Caçador"), "Supermax" é uma experiência inovadora, para a Globo, por introduzir elementos de terror à história de suspense.

A série, em 12 episódios, conta a história de um grupo formado por sete homens e cinco mulheres, escolhidos para participar de um reality show em um presídio desativado na Amazônia. Os doze candidatos tem uma coisa em comum: já cometeram um crime na vida.

Segundo a emissora, a decisão de produzir e lançar "Supermax" foi "estratégica", buscando alcançar um público mais jovem. Mesmo prevendo perda de audiência, a Globo contava crescer em algumas faixas etárias – e afirma ter alcançado seu objetivo.

Analisando os dados do PNT (Painel Nacional de Televisão), que computa a audiência em 15 grandes centros urbanos, registra-se um crescimento de 19% de pessoas entre 12 e 17 anos, em comparação ao período de abril a agosto deste ano. Em relação a pessoas entre 18 e 24 anos, o aumento foi de 12% também comparado ao mesmo período. Entre 25 e 34 anos, o aumento foi de 7%.

"Supermax" também foi objeto de outra experiência inovadora – o lançamento dos primeiros 11 episódios, de uma só vez, no serviço de streaming da emissora, o Globo Play. A empresa manteve inédito apenas o último episódio, que só irá para o aplicativo depois que for exibido na televisão, em dezembro.

A emissora não divulga os números de audiência do aplicativo, mas na última semana relatou que 44% dos espectadores que viram o primeiro episódio online decidiram ver o segundo. A taxa de retenção, segundo a direção da empresa, foi considerada positiva.

Esta primeira experiência de "binge watching" da Globo também mira no público jovem, mais habituado a usar este tipo de serviço.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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