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Consumo de TV aberta este ano já é 7% maior na comparação com 2015

Mauricio Stycer

05/10/2016 13h22


Ainda faltam três meses para o final do ano, mas já é possível dizer que 2016 foi o ano da televisão aberta no Brasil. É uma constatação, por enquanto, baseada exclusivamente em números.

Dados do Ibope comparando os primeiros nove meses deste ano com igual período de 2015 apontam um crescimento da ordem de 7% no consumo de televisão em todos os horários, em São Paulo.

Na faixa das 24 horas, o percentual de aparelhos ligados foi de 36,7% para 39,5%. Na chamada "média-dia", das 7h à 0h, o percentual saiu de 44,5% para 47,7%. No horário nobre, das 18h à 0h, o crescimento manteve o padrão de 7%, indo de 60,1% para 64,3%.

Todas as emissoras registraram crescimento nestes nove meses. Mas este movimento do público teve impacto maior sobre Globo e Record do que sobre o SBT. Na faixa das 24 horas, por exemplo, os percentuais de aumento foram de 12%, 11% e 7%, respectivamente. E na faixa das 7h à 0h, foram de 11%, 11% e 6%, respectivamente.

Não à toa, o peso dos chamados "Outros canais" (os canais pagos) diminuiu levemente no total, ainda que a audiência tenha crescido também. A participação dos OCP foi de 21,1% para 21% nas 24 horas e de 20,4% para 20,2% na faixa das 7h à 0h.

Vale registrar, ainda, que a Band, embora em um patamar de audiência bem mais baixo, registrou o maior crescimento percentual, da ordem de 13%, indo de 1,8% para 2,1% dos aparelhos ligados nas 24 horas.

Só a Record cresce entre agosto e setembro

Uma outra série de dados curiosa é a que mostra a comparação da audiência em São Paulo entre os meses de agosto e setembro. Sem os Jogos Olímpicos, que impulsionaram o Ibope da Globo, houve uma queda generalizada no consumo de televisão.

O percentual de aparelhos ligados foi de 40,9% para 39,9% na faixa das 24 horas e de 49,6% para 48,3% na faixa das 7h à 0h. Todas as emissoras tiveram perda de audiência no período, com exceção da Record.

O mau desempenho da emissora em agosto, causado justamente pela cobertura da Olimpíada, foi compensado em setembro. A Record teve um crescimento médio de 7% no mês, em oposição às quedas da Globo (- 7%), SBT (-6%), Band (-6%), RedeTV! (-6%) e OCP (-3%) na faixa das 24 horas.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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