Onze momentos inesquecíveis, para o bem e o mal, da Rio-2016 na televisão
Mauricio Stycer
23/08/2016 06h01
O balanço a seguir foi escrito a quatro mãos com o colega Rogerio Jovaneli e publicado originalmente no UOL Esporte.
5- Audiência despencou: Competindo com Globo e Band, emissoras com mais tradição em cobertura esportiva, a Record foi a grande perdedora dos Jogos. Quando apostou em transmitir os mesmos jogos que os concorrentes,
6- Bate-papo com Phelps: Sem estúdio nos Jogos, a Record teve a boa ideia de escalar alguns de seus comentaristas, como Luiza Parente (ginástica) e Ricardinho (vôlei), para acompanharem a passagem de atletas pela chamada "zona mista". Foi lá que Michael Phelps parou para bater um papo com Fernando Scherer, o Xuxa. A entrevista durou apenas dois minutos, mas foi muito festejada pela emissora, especialmente porque o nadador recusou vários pedidos de entrevista da Globo.
8- Voz de especialista: Fato incomum na TV aberta, a Record News apostou em um jornalista analista de futebol na cobertura da Rio-2016. Alexandre Praetzel recheou a transmissão de informações, de história até, além de análise técnica e tática, com um linguajar que fugiu do perfil boleiro de comentar adotado por Globo e Band.
11- Rio virou piada na Fox: Com a proposta de levar humor às suas transmissões, o Fox Sports fez uso dos serviços do popular grupo Porta dos Fundos. "Não vamos chamar de 'assalto'. Nos Jogos do Rio parece que está proibido dizer que o round do boxe é assalto porque pode configurar outro tipo de coisa e confundir as autoridades presentes", arriscou-se Antônio Tabet, líder da trupe, durante narração de uma luta de boxe, uma das poucas vezes que se viu ali o humor ácido do canal de vídeos da internet.
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Sobre o blog
Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.