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Tá No Ar bate recordes no Ibope em 2016 e equipe já escreve a 4ª temporada

Mauricio Stycer

06/04/2016 16h46

Programa cujas piadas "ninguém entende", segundo Boni, "Tá no Ar" bateu todos os recordes de audiência em 2016. O episódio final da terceira temporada, exibido nesta terça-feira (05), registrou médias de 17 pontos em São Paulo e 22 no Rio – os maiores números em três anos.

Na média, a temporada 2016 foi, de longe, a melhor. Em São Paulo, o humorístico registrou média de 15 pontos e no Rio de 18. São três pontos a mais, de média, do que em 2015 nas duas cidades. Em 2014, exibido mais tarde, o "Tá no Ar" teve média de 9 em São Paulo e 12 no Rio.

Perguntei a Marcius Melhem, um dos criadores do programa, como ele viu estes ótimos resultados. "A terceira temporada nos deixou muito felizes. O programa ganhou mais repercussão, mais alcance, números maiores, o que mostra que ele está comunicando de maneira forte", disse.

"Mas independente dos números, nós conseguimos provocar o debate sobre questões importantes, sobretudo a intolerância. E por fim, fechamos com um programa sobre a importância da convivência de diferentes. Um programa de amor e respeito pelo outro", acrescentou, referindo-se à homenagem a Carlos Alberto de Nóbrega.

Quis saber também como ele viu a comoção causada por este quadro com a "Velha Surda" na "Praça". "A comoção sobre a participação do Carlos Alberto surge por quatro fatores. Primeiro, porque mostrou que pode haver admiração e convivência entre artistas e empresas concorrentes. Segundo porque mistura o humor dito tradicional com o humor dito moderno, mostrando que essas classificações não espelham a questão real: o que diverte é bom, independente da idade ou do estilo".

E mais: "Outro ponto é mostrar a importância do amor e da tolerância nesse momento de tanta raiva nas discussões do dia a dia. E por fim, essa repercussão se dá também pela figura incrível, talentosa e generosa que ele construiu com uma brilhante carreira. Ele merece todo o carinho do mundo."

Por fim, perguntei sobre a próxima temporada. Melhem disse que ela já está confirmada. "Gravamos a partir de outubro. Estreia em janeiro (de 2017). Não sabemos quantos episódios ainda."

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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