Por Ibope, Record exagera e chama de “especial” capítulo normal de novela
Mauricio Stycer
02/11/2015 05h01
Na expectativa de bater um novo recorde de audiência, a Record está anunciando desde sábado (31) um "capítulo especial" de "Os Dez Mandamentos" nesta segunda-feira (02). O problema é que será um capítulo absolutamente normal.
Questionei a emissora se o capítulo seria mais longo ou teria alguma outra característica "especial". Fui informado que será um capítulo com a duração habitual, em torno de 75 minutos (incluindo intervalos comerciais), mas "especial" porque ocorrerá uma "virada" na história.
Na verdade, o episódio desta segunda-feira vai mostrar, depois de seis capítulos de expectativa (e enrolação), a chegada da décima praga enviada por Deus ao Egito – a morte dos primogênitos. É depois deste acontecimento, que resulta na morte de seu filho, que o faraó Ramsés se dobra e permite a saída dos hebreus do reino.
A Record reeditou os capítulos da última semana de maneira a deixar para esta segunda-feira as cenas em que o "anjo da morte" entra nas casas dos egípcios para matar o filho mais velho de cada família.
Há uma razão para isso. Segunda-feira tem sido um bom dia para a novela em São Paulo. Nas últimas cinco semanas, em três delas a melhor audiência de "Os Dez Mandamentos" ocorreu em uma segunda. O seu recorde, 23,6 pontos, foi alcançado justamente neste dia, na semana passada.
A Globo também está prometendo novidades no capítulo desta segunda-feira de "A Regra do Jogo". Segundo informação divulgada nesta sexta-feira, o capítulo também trará uma "virada" – Juliano (Cauã Reymond) finalmente vai descobrir que seu pai, Zé Maria (Toni Ramos), é um bandido.
A descoberta provocará mudanças no comportamento do mocinho, que a partir de agora fará de tudo para colocar o pai e Romero (Alexandre Nero) na cadeia.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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