Endiabrado, Bertolazzi promete “morte lenta” aos chefs do Hell´s Kitchen
Mauricio Stycer
01/11/2015 05h01
A cena de abertura, exibida na noite deste sábado (31), deu uma boa ideia do amadurecimento do programa. Ao chegar à sua terceira temporada no intervalo de apenas 12 meses, o reality gastronômico do SBT parece estar tomando forma. E Bertolazzi dá a impressão de estar cada vez mais à vontade no papel do chef endiabrado, cuja função é tocar o terror na cozinha.
Diante de um risoto mal-sucedido, Bertolazzi atacou: "Quem é o culpado por isso? Lembra a primeira papinha que fiz para o meu filho. Um desastre total. Esqueci de mencionar: a papinha estava melhor".
Carey Evans, uma canadense radicada no Brasil, sentiu a barra em dois momentos dramáticos da estreia. No primeiro, cortou o dedo preparando um prato e ouviu do comandante: "Eu provei seu prato e senti medo de comer um pedaço do seu dedo." No segundo, foi expulsa da cozinha depois de errar um prato: "Chefe grosso. Acho que ele passou do ponto", reclamou.
A baiana Val, que quase provocou um incêndio na cozinha, viu o chef chegar em chamas, muito nervoso, e gritar com ela: "Se acalma!" E ela: "Eu tô calma". Quem estava nervoso era Bertolazzi.
"Não é porque hoje é Halloween que isso tem que ser um show de horror", gritou no meio da cozinha. "Vocês são amadores? Então estão no programa errado", protestou após um prato ser devolvido por falta de sal.
No final, ele ignorou as escolhas dos dois grupos, que indicaram dois chefs cada, supostamente os piores no cumprimento da tarefa, e eliminou Thiago Quadros (foto), um candidato que não havia sido apontado. O rapaz, coitado, errou justamente a receita do famoso nhoque do próprio Bertolazzi. Imperdoável, de fato.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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