Cinco erros ou histórias mal explicadas em “A Regra do Jogo”
Mauricio Stycer
17/10/2015 13h31
Novela em ritmo de seriado policial, "A Regra do Jogo" exige muita atenção do espectador tantas são as cenas de ação, surpresas e reviravoltas que acontecem em cada capítulo. A trama de João Emanuel Carneiro, até o momento, está se revelando um entretenimento da melhor qualidade.
Ainda assim, talvez por conta da pressa, do ritmo de gravações ou do esforço de acelerar o andamento da trama, muitas vezes a qualidade fica em segundo plano. Erros e furos têm aparecido na história. No capítulo desta sexta-feira (16), por exemplo, espectadores perceberam alguns problemas.
O vídeo de Romero: Confusa diante das revelações do vilão (Alexandre Nero) sobre Djanira (Cassia Kis) e Juliano (Cauã Reymond), Tóia pergunta como pode confiar nele. E diz: "Tem um vídeo que mostra você recebendo dinheiro de um assalto". Que vídeo é esse? Como Tóia sabe desse vídeo? O público boiou.
Juliano bobo: No capítulo de quinta-feira (15), depois de apanhar de Juliano, Romero deixou claro para o mocinho que é um bandido. E disse: "Quando eu quero eu te levanto, quando eu quero eu te derrubo". Por que, algumas cenas depois, ao discutir com Tóia sobre Romero, Juliano não repetiu a frase para ela?
A fé de Tóia: Confusa e atordoada com as revelações de Romero, a mocinha vai ao encontro de Bola, um "avião" do tráfico recuperado por Juliano. E acredita no garoto quando ele diz que o noivo dela é um traficante de drogas.
Agradeço aos leitores Eder Oliveira Teixeira e Mr. Novela pelas observações.
Veja também
Adulta, "A Regra do Jogo" reflete desencanto com a situação do país
Veja dez semelhanças entre "A Regra do Jogo" e "Avenida Brasil"
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Sobre o blog
Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.