Em 45 dias, família Abravanel sai da toca e ocupa a programação do SBT
Mauricio Stycer
17/08/2015 11h41
Empresa tipicamente familiar, como outras no mundo da mídia, o Grupo Silvios não dá sinais de que pretenda mudar este tipo de gestão depois que o patrão se afastar do comando. Como revelou o repórter Chico Felitti, na "Folha", Silvio Santos, de 84 anos, contratou a consultoria americana McKinsey com a intenção de preparar suas filhas para continuarem tocando o negócio.
Coincidência ou não, nos últimos 45 dias aumentou muito a exposição pública da família Abravanel, dentro e fora do SBT. As filhas de Silvio Santos têm aparecido com frequência incomum em programas da emissora e estão mais disponíveis do que nunca para entrevistas à mídia.
Desde então, a reclusa Silvia não para de aparecer. Já esteve em dois programas da casa (Eliana e Raul Gil), em ambos para falar sobre a sua vida pessoal e dar opiniões sobre outros artistas. À vontade, também tem concedido inúmeras entrevistas para defender o tratamento que a emissora concede às crianças que trabalham na casa.
Na atração dominical, ela fez bastante propaganda da ação que será exibida nesta segunda-feira (17), quando aparecerá em cena fantasiada de Xuxa no mesmo momento em que Xuxa estiver estreando na Record (imagem no alto do texto).
Não sei dizer se toda esta movimentação está ocorrendo por orientação da consultoria americana, mas é visível que a família Abravanel está cada vez mais à vontade diante das câmeras.
Leia aqui relatos sobre estas participações
01.07 – Rebeca Abravanel no "Roda a Roda Jequiti"
26.07 – Silvia Abravanel no "Programa Eliana"
30.07 – Iris Abravanel no "Programa do Ratinho"
02.08 – Silvio Santos no "Domingo Espetacular" (Record)
04.08 – Daniela Beyruti no "Jornal do SBT"
11.08 – Patricia Abravanel no "Programa do Ratinho"
15.08 – Silvia Abravanel no "Programa Raul Gil"
16.08 – Patricia Abravanel no "Programa Eliana"
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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