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Colega que pede beijo gay no fim é pior que fundamentalista, diz Fernanda

Mauricio Stycer

25/06/2015 14h16

A atriz Fernanda Montenegro, a Teresa de "Babilônia", está irritada com colegas que defendem a ideia de que o beijo entre mulheres, exibido no primeiro capítulo da novela, foi precipitado. "Acho estranho os nossos colegas libertários dizerem que tinha que beijar no ultimo capitulo. É pior que os fundamentalistas religiosos."

O comentário de Fernanda parece uma resposta a Regina Duarte, que disse, em entrevista a "O Globo", publicada no último domingo (21), que a cena do beijo entre Teresa e Estela (Nathalia Timberg) foi "precipitada".

Fernanda participou na manhã desta quinta-feira do International Academy Day, promovido pela International Academy of Television Arts & Sciences, a mesma que concede o Emmy, na sede da Globo, no Projac.

A tese de que o beijo entre Estela e Teresa deveria ter sido deixado para o final baseia-se no que ocorreu em "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco, que exibiu no último capítulo o beijo entre os personagens Felix (Mateus Solano) e Nico (Tiago Fragoso).

"Foi pouco mais que um selinho, com boca fechada, e iluminação sombreada. E os colegas dizem que a gente tinha que preparar o público para beijar no último capitulo. É abismante", diz Fernanda.

Ao jornal carioca, Regina Duarte havia dito: "O problema está na forma de apresentar o tema ao público. Uma colega disse que, quando viu o beijo de Estela e Teresa, não as conhecia, estava sendo apresentada às personagens. Então, o beijo que vi foi da Fernanda e da Nathalia. Isso tornou claro o quanto a forma de colocar o assunto para o público foi precipitada."

Na visão de Silvio de Abreu, diretor de Dramaturgia da Globo, a reação ao beijo das personagens de "Babilônia" foi instrumentalizada. "Isso foi usado para chamar a audiência para o outro (canal)", afirmou

O jornalista Mauricio Stycer viajou ao Rio a convite da Globo

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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