Sem jeito nenhum para jurada, Sandy vira atração cômica do “Superstar”
Mauricio Stycer
20/04/2015 01h18
A Globo não está sendo muito feliz com as escolhas dos jurados do show de talentos "Superstar". Na primeira temporada, com Fábio Jr., Ivete Sangalo e Dinho Ouro Preto, o desastre foi completo – nenhum se salvou.
Nesta segunda edição, Paulo Ricardo está conseguindo se destacar pela sinceridade. "Fiquei prestando atenção na música e esqueci de votar", confessou para Fernanda Lima depois de elogiar uma banda, mas não votar nela. "Achei essa música muito ruim", disse para outro grupo, surpreendendo a todos.
Os outros dois jurados, Thiaguinho e Sandy, têm optado por comentários anódinos ou elogios gratuitos. O cantor é sempre o mais animado e se vê na obrigação de falar bem até quando vota "não".
Já a cantora tem sido involuntariamente engraçada com seus votos sérios. Aprovou uma banda mesmo sem conseguir compreender o que eles cantavam: "Eu não votei pela letra porque não entendi quase nada, mas gostei do estilo".
Tentou fazer graça com a banda Consciência Tranquila, mas ninguém riu: "Eles estão com a consciência tranquila", disse.
Disposta a ser escolhida como madrinha por todos os candidatos aprovados, Sandy chegou a se oferecer para alguns, sem sucesso. "Eu já fui pra África", disse à dupla de africanos que participou do programa.
Dona de uma ótima voz, a cantora cultiva uma imagem e um estilo que claramente não combinam com a função de jurada. Tímida, meiga, educada, Sandy está contribuindo com bons momentos cômicos, mas pouco julgamento musical no "Superstar". Acho que nem mesmo o seu apaixonado fã-clube está gostando de vê-la nesta função.
Atualizado às 10h23 e às 14h30
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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