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Genial, “Tá No Ar” não pode demorar um ano para voltar à grade da Globo

Mauricio Stycer

17/04/2015 00h41

O último episódio da segunda temporada de "Tá No Ar" levou muita gente a pedir para o humorístico continuar, sem interrupção, na programação da Globo. E houve muitos motivos para isso.

Homenageando os 50 anos da emissora ("somos obrigados por contrato a dar parabéns"), a atração exibiu uma seleção sensacional de trechos de programas, novelas e personagens que marcaram a história da Globo – de Chacrinha a Bussunda, de Sonia Braga a Sandra Brea, entre muitos outros.

Marcelo Adnet, Marcius Melhem e Danton Mello recriaram uma cena de "Irmãos Coragem" interrompida pela aparição de Alexandre Nero na pele do comendador de "Império" – ambas as novelas contaram histórias de garimpeiros.

Welder Rodrigues apresentou um "Jardim Urgente" especial tão engraçado que até Marcelo Rezende e José Luiz Datena devem ter se divertido. Adnet levou o seu "Militante Revoltado" para a porta do consulado americano e da Globo e disse muitas "verdades" sobre a emissora.

No momento mais surpreendente da noite, Antonio Fagundes comandou uma apresentação de "Não se Reprima", clássico do Menudo. Usando a faixa na cabeça e a bandana no braço, além da roupa ridícula, que caracterizavam os garotos do grupo, o ator demonstrou uma felicidade que há muito não se via.

O especial terminou com um clipe, parodiando "Brasil", de Cazuza, tema da novela "Vale Tudo". No primeiro verso, a reclamação: "Não nos colocaram no horário nobre porque o nosso galã é o Adnet". Também houve menção à edição do debate entre Collor e Lula em 1989, exibida pelo "Jornal Nacional", além de ironias dirigidas à Record: "Vi TV nascer bancada pelo dízimo, correndo atrás pra passar o plim-plim".

Por fim, a conclusão: "A TV é um negocio que vive do seu ócio. Mais de 100 canais e a gente ainda quer mais do bom e do ruim".

Foi um episódio consagrador, reafirmando o lugar do "Tá no Ar" em uma linha de programas de humor abusados, críticos e inteligentes, tão em falta hoje em dia na TV aberta. A Globo não pode esperar um ano para voltar a exibi-lo, por favor.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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