Anitta expõe a intimidade para MTV e lembra a época em que comia miojo
Mauricio Stycer
17/01/2015 07h01
Em Las Vegas, onde esteve para participar do Grammy Latino, em novembro do ano passado, a cantora Anitta circulou de limusine. A certa altura, sem saber quem estava conduzindo no banco de trás, a motorista se vira para ela e pergunta: "Você é uma celebridade?" Rindo, Annita responde em inglês: "Sou irmã da Kim Kardashian". Em seguida, séria, explica: "Sou uma cantora do Brasil".
O documentário sobre Anitta chama a atenção pela abertura que ela concedeu às diretoras do filme, Dora Jobim e Clara Cavour, e pela aparente espontaneidade e sinceridade que transmite durante as filmagens.
A maior parte do documentário registra a viagem da cantora a Las Vegas, onde foi a única brasileira a se apresentar na cerimônia de entrega do Grammy, e depois a Los Angeles, onde fez um trabalho fotográfico.
Anitta fala das cirurgias plásticas que fez, nos seios e no nariz, e se diz espantada com as reações que provocou por conta disso. "Hipocrisia e moralismo", reclama. "Fiz plástica. Tenho um problema, tenho um peito do tamanho do mundo", diz, em tom de desabafo.
A cantora também fala das dificuldades que tem em controlar o peso e conta que de tempos em tempos abre mão das dietas. "Se eu estou a fim de fazer uma dieta, eu faço. Se eu estou a fim de não fazer e engordar, eu engordo".
Sem largar o telefone, Anitta revela que sonha, sim, em fazer carreira nos Estados Unidos, mas parece ter os pés no chão. "Não me acho a última bolacha do pacote."
Os seis nomes, segundo a MTV, levam em conta tanto artistas mais jovens, que despontaram recentemente, como nomes com carreiras consolidadas há mais tempo "entre esse mesmo público".
"Música.doc" é uma produção da Migdal Filmes, co-produzida pela MTV, com apoio de leis de incentivo e selo da Ancine. Cada documentário tem cerca de 50 minutos.
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Sobre o blog
Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.