Na única derrapada do “MasterChef”, candidata vence com ajuda do pai
Mauricio Stycer
17/12/2014 01h39
Como ocorreu ao longo de toda a temporada, a final do "MasterChef", concluída já na madrugada desta quarta-feira (17), reuniu todos os elementos do bom entretenimento na televisão: emoção, humor, suspense e drama.
Um dos programais mais divertidos exibidos este ano na TV brasileira, o reality da Band deve muito os seu trio de jurados, o brasileiro Henrique Fogaça, o francês Erick Jacquin e a argentina Paola Carosella.
Severos, mas engraçados, cada um com seu estilo, os três deram uma cara especial à versão brasileira deste formato britânico já adaptado em mais de uma centena de países.
A final, ainda que longa, conseguiu manter o clima de suspense até o final, com uma disputa difícil entre as candidatas Helena e Elisa. Elas tiveram duas horas para preparar uma refeição completa (entrada, prato principal e sobremesa) para os chefs.
A certa altura, já próxima do fim do prazo, Elisa viveu um drama: não conseguia abrir um vidro de goiabada, necessário para a sobremesa que estava preparando. No desespero, correu até a plateia, onde estava seu pai, que abriu o vidro para ela. Ainda que em momento algum a Band tenha avisado que ajudas externas não seriam permitidas, parece óbvio que essa foi uma interferência indevida.
É verdade que Lucio, marido de Helena, deu instruções para ela durante a prova. Mas nada tão decisivo quanto a ajuda do pai de Elisa. Por mais emocionante ou engraçado que tenha sido o momento, foi, claramente, uma derrapada do "MasterChef". Pense nos prêmios que estavam em jogo: R$ 150 mil, um carro, um curso de três meses em Paris, entre outros.
Os fãs mais fieis, que ajudaram o programa a ficar na liderança do Ibope por alguns minutos na final, dirão que foi um acidente insignificante, incapaz de tirar o brilho do programa. Pode ser. A segunda temporada já está programada para maio na Band, com os mesmos jurados. É uma ótima notícia.
Veja o vídeo:
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
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