Estreia do SBT mostra como os formatos estrangeiros se repetem
Mauricio Stycer
26/08/2014 15h33
Em setembro de 2013, o SBT lançou "Famoso Quem", um show de talentos no qual candidatos anônimos tinham aulas de canto e expressão corporal para imitar músicos famosos. A edição mostrava a preparação e transformação de cada candidato, além de contar um pouco da história de cada um.
Só durou dois meses. Com audiência considerada insuficiente, o SBT dispensou toda a equipe que apareciano palco e colocou Patrícia Abravanel no lugar. Dona do formato ("My Name Is"), a Fremantle aparentemente não concordou com as alterações, o que levou a emissora a alterar o nome do programa. Nasceu o "Máquina da Fama" e o Ibope, depois de algumas poucas semanas, melhorou.
A licença-maternidade de Patrícia levou o SBT a estrear nesta segunda-feira (25) "Esse Artista Sou Eu". O programa lembra muito o "Famoso Quem", com uma diferença fundamental: quem interpreta os números musicais, imitando cantores famosos, são outros músicos conhecidos. O formato ("Your Face Sounds Familiar") foi desenvolvido pela Endemol.
Os músicos que disputam o prêmio de R$ 50 mil são as cantoras Rosemary, Li Martins (Rouge), Syang ("Casa dos Artistas") e Vanessa Jackson ("Fama"), e os cantores Christian Chavez (RBD), Marcelo Augusto e Léo Maia. Marcio Ballas apresenta o programa, que conta com Thomas Roth, Cyz Zamorano e Carlos Miranda como jurados.
Exatamente como no "Famoso Quem", antes de cada apresentação é exibido um "making of", no qual os candidatos aparecem treinando – neste caso, com preparadora vocal Blacy Gulfier, o coreógrafo Netto Soares e o preparador de elenco Marcelo Boffat.
Um momento curioso da estreia foi o anúncio testemunhal feito pelo apresentador Marcio Ballas – de ração para cachorro. Um animal entrou no palco e, depois de ser apresentado ao público como "artista", experimentou o produto.
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Sobre o blog
Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.