Topo

“Pecado Mortal” surpreende e tira vilão do armário no último capítulo

Mauricio Stycer

31/05/2014 08h01

Na visão de Carlos Lombardi, "Pecado Mortal" merece ser lembrada como "uma novela diferente e ousada". Concordo e diria que o último capítulo esteve à altura do que foi exibido nos últimos oito meses.

O desfecho da trama teve um pouco de tudo. No momento mais dramático, o vilão Picasso (Victor Hugo), um policial corrupto, se matou depois de admitir que a sua obsessão por Carlão (Fernando Pavão) ao longo de toda a história era, na verdade, amor reprimido. "Morreu de vergonha", disse o herói.

Pano de fundo da novela, a perda de poder do jogo do bicho e a ascensão do tráfico de drogas nas favelas cariocas, se concluiu de forma surpreendente. Os remanescentes da família do bicheiro diversificaram os negócios ilegais e o filho mais novo entrou para a política.

As duas personagens mais honestas ao longo da trama, a promotora Patricia (Simone Spoladore) e a corregedora Das Dores (Denise Del Vechio), abandonaram suas carreiras e se envolveram com os bicheiros.

A conclusão, com o super-herói Carlão, a mulher Patricia, a ex-Doroteia (Paloma Duarte) e uma penca de crianças numa ilha do Caribe, reproduziu o clima cômico, livremente fantasioso, que Lombardi usou o tempo todo para temperar a trama policial.

Texto bom, divertido, apoiado por um elenco competente e uma produção de qualidade, "Pecado Mortal" fugiu dos clichês clássicos de último capítulo de novela ao terminar com apenas um casamento e uma dezena de mortes.

Leia também
"Pecado Mortal" foi uma novela diferente entre as produções da Record 
Quem gosta de novela se afastou da Record, diz Carlos Lombardi
'Pecado Mortal' termina com título de pior ibope de novela da Record na Era RecNov

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

“Pecado Mortal” surpreende e tira vilão do armário no último capítulo - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


Newsletter