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Apesar de estreia morna, “O Caçador” parece ter boa história para contar

Mauricio Stycer

12/04/2014 01h13


Traído pelo próprio pai, um policial em final de carreira, o agente da Anti-Sequestro André (Cauã Reymond) cai numa cilada e passa três anos preso, acusado de ter vazado uma operação sigilosa. Ao sair da penitenciária, se dá conta que o enredo que o colocou lá ainda está repleto de fios soltos.

Soma-se a isso a rivalidade forte com o irmão, Alexandre (Alejandro Claveaux), também policial, casado com Katia (Cleo Pires), por quem André é apaixonado.

A boa premissa de "O Caçador" foi apresentada no primeiro episódio da série. Sem trabalho e sem família, na última cena ele recebe de seu ex-chefe, o policial Lopes (Ailton Graça), a proposta de, à margem da polícia, se tornar um caçador de pessoas desaparecidas e receber, caso seja bem-sucedido, recompensas.

O que se sugere, a partir daí, é que o "O Caçador" seguirá por duas trilhas ao longo dos próximos episódios. Em uma, André vai buscar resolver os casos propostos por Lopes. Na outra, tentará provar a sua inocência na história que o levou à prisão.

Não é exatamente um drama original, mas a armação da história, tal como apresentada na estreia, sugere muitas possibilidades. E a série tem créditos.

"O Caçador" tem texto de Fernando Bonassi e Marçal Aquino e direção-geral de José Alvarenga, trio responsável por "Força-Tarefa" (2009-11), uma das boas séries policiais já exibidas pela Globo.

Diferentemente da recém-encerrada "A Teia", que estreou em ritmo de videoclipe, "O Caçador" apostou em apresentar, em chave de drama, a história do protagonista, muito bem defendido, aliás, por Cauã Reymond. Sem muito impacto, o episódio inicial pode ter decepcionado quem esperava por ação.

Um "continua no próximo episódio", aparentemente redundante, tomou a tela ao final. Até entendo a preocupação da emissora. "O Caçador" não foi arrebatador, mas deixou no ar a promessa de que tem uma boa história para contar.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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