Record se alia à Band na "guerra" contra Danilo Gentili e o SBT
Mauricio Stycer
26/03/2014 13h07
A Band se ressentiu da perda do apresentador do "Agora É Tarde" ainda com contrato em vigor e reagiu. Processou Gentili, tentou impedir na Justiça a estreia do "The Noite" no SBT e, de surpresa, antecipou a estreia de Rafinha Bastos.
Desde o primeiro programa no SBT, Gentili tem reagido com comentários irônicos feitos no próprio programa. A seu favor na briga, o comediante conta com a audiência do "The Noite", bem superior à do "Agora É Tarde". Quando os dois programas são exibidos simultaneamente, ele sempre vence o concorrente.
Nas poucas semanas desde a estreia dos dois talk shows, "The Noite" e "Agora É Tarde" já rivalizaram por conta de entrevistados. Ao saber que a cantora Dulce Maria seria a convidada de Gentili numa determinada noite, a Band decidiu adiar a conversa dela com Bastos, programada para ir ao ar no mesmo dia.
Nesta terça-feira (25), o site Noticias da TV informou que Gentili chegou a "prender" seu entrevistado do "The Noite", MC Nego do Borel (imagem acima), no SBT, para que ele não participasse do "Agora É Tarde". Rafinha Bastos respondeu na madrugada pedindo a "libertação" do funkeiro.
Ainda que seja real, esta briga entre SBT e Band, no fundo, dá visibilidade para as duas partes. Ou seja, ajuda a promover tanto o "The Noite" quanto o "Agora É Tarde". Já a Record, não surpreende que esteja "tomando partido" contra o seu principal rival na luta pela vice-liderança. Para a guerra ficar completa, só falta, agora, Gentili ser convidado para ir ao Faustão, na Globo.
Abaixo, a participação de Geraldo Luis, da Record, no "Agora É Tarde", da Band:
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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