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Diretor da Record defende "cutucada" na Globo

Mauricio Stycer

19/03/2014 18h28


Recebi de Walter Zagari, vice-presidente comercial da Rede Record, um e-mail reclamando do fato de eu ter classificado como "bravata", em texto publicado ontem (18) no blog, uma afirmação sua, feita em 2013, ao apresentar a programação da emissora para aquele ano: "O empresário Edir Macedo disse que, entre três e cinco anos, temos que dividir a liderança com o nosso vizinho aqui do lado".

Em 2014, como registrei no blog, o tom do discurso mudou. A Record, por meio do seu vice-presidente artístico, Marcelo Silva, reconheceu "erros" e "tropeços" e disse: "Não é algo utópico, é inerente ao ser humano querer ser a número um", mas sem estabelecer metas ou fazer promessas.

Zagari escreveu: "Você acha mesmo que eu fui bravateiro no quintal do Jardim Botânico ano passado? Ontem completei, eu e minha equipe, 12 anos à frente da Record a caminho da liderança e saca só os números: Em 2002, fechamos com um faturamento de R$ 152 milhões. Em 2013 fechamos com um faturamento de R$ 2,25 bilhões. Nenhuma televisão brasileira (nem eles) cresceu em tão curto espaço de tempo com tanta velocidade. Ha 6 anos éramos 10% do share deles das 7h à 0h no PNT (Painel nacional de Televisão) e hoje somos quase 40%. Poxa… se isso não for resultado de muito trabalho, muita determinação, muito desejo de chegar lá, e sim bravatear, temos que rever todos os nossos conceitos então."

Respondi a Zagari que considerava, sim, que sua afirmação de 2013 soou como bravata, um comentário excessivamente otimista justamente num ano que havia sido complicado para a emissora.

Ele me respondeu dizendo: "A minha colocação do ano passado foi meramente pra cutucarmos um pouco os 'caras', mas sempre respeitando (nem poderia ser diferente) o tamanho, a competência, a qualidade e a importância que eles exercem nesse nosso mercado, né não?"

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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