Agora seriado, “Doce de Mãe” traz Fernanda Montenegro em ótimo papel cômico
Mauricio Stycer
31/01/2014 05h01
Exibido em dezembro de 2012, o telefilme "Doce de Mãe" já nasceu candidato a virar seriado. A delicada comédia em torno da esperta Dona Picucha (Fernanda Montenegro) e seus quatro filhos, amorosos mas muito atabalhoados, tinha todos os elementos para ser desenvolvida em capítulos.
A decisão de fazer a série foi tomada em maio de 2013, meses antes de Fernanda Montenegro ganhar, em novembro, o Emmy Internacional por seu trabalho no filme. Segundo informações não oficiais, serão 14 episódios.
Realizada pela produtora gaúcha Casa de Cinema, de Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo, "Doce de Mãe" estreou em seu novo formato agora nesta quinta-feira (30), quase à meia-noite.
Apesar de o horário não parecer o mais apropriado para o gênero, o primeiro episódio manteve as principais características do telefilme. Em primeiro lugar, repetiu-se o elenco de alto nível que acompanha a protagonista, formado por Marco Ricca, Louise Cardoso, Mariana Lima e Matheus Nachtergaele no papel dos filhos.
Da mesma forma que no filme, a série busca contar esta história de um jeito suave, que pode causar estranhamento a quem está acostumado ao ritmo das sitcoms americanas, com ofertas de uma piada por minuto. "Doce de Mãe" propõe um outro tipo de humor, que o espectador usufrui sem grandes gargalhadas ou sobressaltos, acompanhando o texto inteligente e, sobretudo, a interpretação solar de Fernanda Montenegro.
Em tempo: A estreia de "Doce de Mãe" registrou 18 pontos no Ibope, um índice considerado dentro da média do horário.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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