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Com “Máquina da Fama”, SBT piora programa e não ganha audiência

Mauricio Stycer

11/11/2013 10h45

Anunciado como uma estreia, "Máquina da Fama", que foi ao ar no sábado (09) à noite, é uma versão do programa "Famoso Quem?", apresentado pela emissora entre setembro e outubro.

No programa original, a disputa entre imitadores de músicos famosos contava com a participação da atriz Tammy Miranda, que apresentava a história dos candidatos, e de um trio de avaliadores formado por Paulinho Serra, Diego Ramiro e Bruna Tang. Além disso, antes de subir ao palco, os covers passavam por treinamento vocal e corporal com Marcelo Boffat e Lola Melnick.

Depois de sete programas, o SBT entendeu que o formato não estava rendendo (média de 4 a 5 pontos no Ibope) e decidiu por uma reformulação radical. Foram todos dispensados (repórter, júri e preparadores) e substituídos por uma única pessoa, a apresentadora Patrícia Abravanel. Em vez de quatro candidatos por programa, agora são 12.

A Freemantle, dono do formato, aparentemente não concordou com as alterações, o que levou o SBT a trocar o nome da atração. A "Máquina da Fama" é uma espécie de armário, onde o candidato entra e, segundo depois, sai fantasiado como o músico que pretende imitar.

Um dos diferenciais do programa original era a chance de conhecer um pouco da trajetória dos covers, gente humilde com o sonho de viver da música. Na atual versão, ignora-se totalmente quem são e o que fazem.

Ao menos na estreia, Patrícia Abravanel não exibiu traquejo para a função – nem improvisou, nem mostrou conhecimentos musicais. Perdeu inúmeras oportunidades para conversar com os candidatos e, sem um bom texto que a ajudasse, apenas repetiu exclamações sem originalidade. "Arrasou!!!", disse para quase todos.

"Maquina da Fama" revelou-se mais um show de talentos, uma espécie de genérico deste tipo de programa. E a audiência, segundo os dados do Ibope, não se alterou significativamente, mantendo o SBT com 5 pontos, atrás da Record (8) e da Globo (18). Em resumo, o programa piorou e a emissora não ganhou nada com isso.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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