“Foi uma brincadeira, não uma agressão”, diz diretor do “Pânico” sobre “ataque” de Gerald Thomas a Nicole Bahls
Mauricio Stycer
11/04/2013 20h01
Em seu primeiro trabalho como repórter do "Pânico", Nicole Bahls foi ao lançamento do livro "Arranhando a Superfície", do diretor de teatro Gerald Thomas, na Livraria da Travessa, no Rio, na noite quarta-feira (10).
As fotos do evento dão uma ideia do que ocorreu quando Nicole aproximou-se de Gerald. O diretor tentou colocar a mão por dentro do vestido da repórter. Daniel Zukerman (como Tucano Hulk) e Welington Muniz, o Ceará (como a personagem Micome Bahls, que imita a própria Nicole) apenas observaram a cena.
Em outras imagens (as de número 8, 9 e 10 na série acima), é possível ver que Gerald também fez menção de abrir a braguilha de Zukerman e segurou nas pernas de Ceará. Em uma foto (número 18), o diretor aparece mostrando o pênis para os fotógrafos.
"Fiquei muito triste com isso", escreveu Nicole em seu perfil no Twitter. A um fã que manifestou solidariedade, ela escreveu: "Obrigada de coração. Amanhã é outro dia. Vai passar."
Consultado no dia seguinte (11) pelo blog, Alan Rapp, diretor do "Pânico", disse: "Foi uma brincadeira do Gerald. Não foi uma agressão". À noite, durante o lançamento do livro de Evandro Santo, "O Melhor do Pior", Alan repetiu essa opinião, mas acrescentou: "O cara é dos nossos!Todo mundo é um alvo em potencial, só que o Gerald Thomas é mais um pouco louco que a gente", disse rindo.
As cenas vão ar neste domingo, no "Pânico na Band".
Em tempo: Ouvido pela repórter Gisele Alquas, do UOL Celebridades, no lançamento do livro de Evandro, o humorista Bola disse entender o gesto de Gerald Thomas: "As pessoas têm o direito de fazer o que quiserem, porque nós também brincamos com elas".
Já Nicole Bahls, a personagem central da história, deu declarações ambiguas sobre o assunto ao iG. Primeiro, disse: "Dentro dos contextos de família, fiquei chocada". Depois, afirmou: "Pensei um pouco e acho que faz parte do personagem. É uma oportunidade que estou tendo de voltar e isso faz parte do programa. Tenho que começar a separar o personagem da vida real". E, por fim, disse: "É horrível. Para uma mulher, mais ainda". Leia aqui.
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Sobre o blog
Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.