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Da corrida de kart ao título do Brasileiro, Galvão muda muito em um ano

Mauricio Stycer

12/11/2012 06h01

Dezembro de 2011.  Última rodada do Brasileiro. Com dois pontos de vantagem sobre o Vasco, o Corinthians assegurou o título ao empatar com o Palmeiras no Pacaembu enquanto a equipe carioca também empatava com o Flamengo no Engenhão. Luiz Roberto narrou o clássico carioca e Cleber Machado ficou com o duelo paulista. Em Florianópolis, no mesmo dia, Galvão Bueno narrava o importantíssimo Desafio Internacional das Estrelas, prova de kart promovida por  Felipe Massa. Questionada então pela "Folha", a Globo informou que Galvão não narrava mais partidas do Brasileiro.

Novembro de 2012. De um estúdio, longe do estádio do Pacaembu, Galvão Bueno narra São Paulo e Universid do Chile, partida válida pelas quartas de final da Copa Sul Americana. Quatro dias depois, o narrador retorna ao estúdio para narrar Palmeiras e Fluminense, jogo que poderia dar, como deu, o título do Brasileiro de 2012 à equipe carioca. Ao final da partida, rouco, repete a sua mais famosa explosão de alegria, ocorrida na final da Copa de 94, e grita para a equipe carioca: "É tetra!" Segundo o site Papo de Bola,  Galvão  não gritava "campeão" para uma equipe no Brasileiro desde 2006, quando narrou a conquista do São Paulo, depois de empatar com o Atlético-PR por 1 a 1.

Nestes onze meses entre a corrida de kart de Massa e o título do Fluminense, o que aconteceu? Galvão narrou amistosos da seleção brasileira contra equipes do gabarito de Bósnia, Iraque e China, chegando a reclamar no ar da baixa qualidade dos adversários. Disse estar "ao vivo" durante uma transmissão de UFC que, na verdade, era gravada. Viu o interesse pela F-1 chegar ao seu nível mais baixo em uma década. Nos Jogos de Londres, a serviço do SporTV, brigou ao vivo com Renato Mauricio Prado, que acabou afastado do canal por conta do incidente.

Agora, depois deste seu "reencontro" com o futebol jogado por clubes brasileiros, Galvão prepara-se para fechar o ano narrando, espera-se, a final do Mundial de Clubes entre Corinthians e Chelsea.  Seria uma "volta por cima" perfeita para a maior estrela do esporte da Globo.

Atualizado às 15h, com uma correção: Galvão narrou Palmeiras x Fluminense do estúdio, não no estádio.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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