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Diretor da Band atribui fracasso de “Conversa de Gente Grande” ao horário de exibição

Mauricio Stycer

30/08/2012 14h42

Escrevendo em junho sobre os maus resultados da novela "Máscaras", da Record, e do humorístico "Saturday Night Live", da RedeTV!, observei que televisão não é ciência e que fracassos retumbantes talvez ajudem a redimensionar o papel tanto de quem faz quanto o de quem comenta sobre TV.

Voltei a pensar sobre isso depois de saber que a Band tirou do ar, após exibir apenas sete episódios, de um total de 13, o programa "Conversa de Gente Grande", apresentado por Marcelo Tas.

Não achei o programa ruim e fiquei surpreso com a decisão. Segundo a emissora, "CGG" não foi cancelado. "Seguimos gravando os 13 e vamos programá-lo em um horário que seja melhor, mais perto do verão", disse ao blog Diego Guebel, diretor da emissora.

Lançado no início da noite de domingo, contra a opinião de quem achava melhor colocá-lo de manhã, "Conversa de Gente Grande" teve audiência pífia já na estreia, ficando em quarto lugar.

O que aconteceu? Guebel tenta explicar: "Os sete episodios para mim falam de uma aposta de programação que não deu certo da maneira que eu gostaria. Claro que não definem o destino do programa. Também é verdade que a concorrência ficou mais consolidada do que o previsto. Então, voltará à grade em outro momento e possivelmente em outro horário".

Quando você fala que "a concorrência ficou mais consolidada do que o previsto", perguntei, significa que o dia ou o horário escolhido não funcionaram?  Resposta: "A concorrência segurou seu resultado. Significa também que o horário não funcionou também como eu gostaria. Eu gosto do programa e acho que Marcelo Tas é um superapresentador".

Quem defendia que "Conversa de Gente Grande" fosse exibido nas manhãs de domingo vai dizer que a opção de exibi-lo à noite é a causa do fracasso. Pode ser. Mas ouvir Guebel só confirma esta minha impressão que televisão não é ciência.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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