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'Panico' aposta em 'maldição dos debates eleitorais' para derrotar concorrência aos domingos

Mauricio Stycer

30/03/2012 14h49

A estreia do "Pânico" na Band, neste domingo, às 21h, é o assunto da semana no mundo da televisão. O que todo mundo quer saber, na própria emissora e na concorrência, é se o programa será capaz de manter a boa audiência que tinha na RedeTV!.

O Ibope do "Pânico" já viu dias melhores, mas ainda é bem significativo. Em 2011, o programa alcançou uma média de 8,4 pontos no Ibope. Em 2010, foi 8,6.

Uma coisa parece clara: o "Pânico" está mais preocupado em atrair o velho público do que em parecer novo. Diego Guebel, diretor geral de conteúdo da Band, disse a este blogueiro: "Tecnicamente, o normal é fazer um pouco menos (no Ibope) nesta estreia".

A previsão de Guebel é que, com alguma divulgação, o público que acompanhava o "Pânico" na RedeTV! migre naturalmente para a Band: "É o mesmo programa, o mesmo horário, os mesmos personagens…"

Emilio Surita, criador e apresentador do programa, vê no horizonte de 2012 um elemento favorável à audiência do "Pânico": as eleições. "Quando tem debate eleitoral domingo, em alguma emissora, o nosso programa dá 12 pontos", conta. É uma espécie de "maldição": o publico foge dos debates para rir com piadas de verdade.

Surita conta, também, que a audiência do "Pânico", como de boa parte dos programas, cresce no inverno. "A gente torce pra chover. As pessoas ficam em casa".

Tanto Surita quanto o diretor Alan Rapp (na foto com os polegares apontados para cima), tem evitado fazer previsões muito otimistas sobre o sucesso do "Pânico" na Band. "A expectativa é o público vir com a gente. Não agora no começo, mas a meta é atingir a mesma audiência que atingia na RedeTV!", diz Rapp.

"A gente não quer mudar muito. Não pode ser um programa diferente do que o público está acostumado", diz Surita. "Ter a possibilidade de trazer uma coisa já feita é o ideal. Agora é só fazer marketing", afirma Guebel.

O mercado publicitário acolheu com entusiasmo o projeto. Segundo a Band, todas as cotas foram vendidas duas semanas antes da estreia, o que inclui um patrocinador "máster", três patrocinadores e todos os intervalos comerciais já comercializados.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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