O que explica a forte queda no número de votos do BBB11?
Mauricio Stycer
23/03/2011 12h01
No meio da edição passada, no sétimo paredão, o que eliminou Angélica, o reality já contabilizava 77 milhões de votos. Ainda houve picos de 92 milhões (nas eliminações de Cacau e de Maroca), de 125 milhões (quando Dicesar perdeu para Dourado) e de 150 milhões na final.
Sintomaticamente, o diretor e o apresentador Pedro Bial pararam de fazer propaganda do número de votos no BBB11. Boninho explicou ao jornalista Daniel Castro que houve uma mudança no sistema de contabilização de votos nesta edição, buscando coibir fraudes, mas ainda não houve uma manifestação oficial da emissora a este respeito.
Há duas maneiras de interpretar a queda abrupta nos números do BBB11. Primeiro, por conta desta mudança técnica. Segundo, em função da queda da audiência do programa e do menor interesse que ele despertou.
Se a queda ocorreu, de fato, por causa das novidades introduzidas pela área técnica, é o caso de se perguntar se os números do BBB10 são confiáveis. Se o resultado deve-se ao desinteresse do público, é hora de pensar no que isso significa, não?
Como foram os paredões no BBB10
(total de votos, em milhões)
19/1 – Joseane (contra Elenita e Cacau) – 10
26/1 – Ana Marcela (contra Alex e Angélica) – 8
2/2 – Tessália (contra Alex e Maroca) – 30
7/2 – Alex (contra Eliezer e Fernanda) – 23,8
9/2 – Uiliam (contra Lia e Dourado) – 31
16/2 – Elenita (contra Lia e Maroca) – 26
23/2 – Angélica (contra Dicesar e Dourado) – 77
2/3 – Cacau (contra Lia e Dourado) – 92
9/3 – Eliéser (contra Dicesar e Dourado) – 37
16/3 – Michel (contra Maroca) – 27
21/3 – Serginho (contra Dicesar) – 12
23/3 – Maroca (contra Lia) – 92
27/03 – Dicesar (contra Dourado) – 125
28/03 – Lia (contra Fernanda) – 64
30/03 – Vencedor Dourado (contra Cadu e Fernanda) – 150
Fonte: BBB. Dados divulgados por Pedro Bial no programa ou por Boninho no Twitter.
Em tempo: Creio que a eliminação de Rodrigão foi mal interpretada pelos fãs de Daniel e Diana. Escrevi a respeito no site do UOL BBB.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
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