Por que Boninho agora acha importante discutir tabus no BBB?
Mauricio Stycer
20/01/2011 10h50
Dez meses depois, ao comentar a saída da transexual Ariadna do BBB11, após uma passagem-relâmpago de oito dias pela casa, Boninho escreveu: "jamais imaginei que fosse diferente na hora do paredão, mas valeu falar sobre o tema." Também escreveu: "Foi bacana a tentativa de deixar a Ariadna, a campanha baixou 7 pontos. De 56 para 49, uma vitória de quem tentou!"
Momentos antes, ainda ao vivo no programa, ao receber a transexual recém-eliminada, a primeira pergunta de Pedro Bial foi: "Ariadna, você acha que a sua participação no Big Brother Brasil pode ajudar as pessoas a entenderem melhor a questão dos transexuais?"
O que aconteceu? Em qual Boninho o público deve acreditar? No que não estava nem aí para as nuvens de homofobia que sobrevoaram o BBB10? Ou no sujeito satisfeito por falar do "tema" transexualidade no BBB11? O que o levou a mudar de opinião?
Deixo a pergunta no ar porque, realmente, não sei responder.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Sobre o blog
Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.