Topo

Produção enxuta, “Programa da Maísa” não usufrui do seu sucesso comercial

Mauricio Stycer

25/05/2019 05h01

No programa deste sábado (25), Maisa recebe Xuxa e Larissa Manoela

Produzido inicialmente sem a certeza de que conseguiria patrocinadores, o "Programa da Maisa" nasceu da forma mais enxuta possível. A equipe que colocou a atração no ar tem menos de 10 pessoas – há apenas um roteirista e uma produtora responsável por chamar convidados.

O talk show de Maisa, no entanto, acabou despertando muito interesse comercial. Já tem meia dúzia de patrocinadores e anunciantes fixos. Este sucesso, porém, não está revertendo para o próprio programa.

Questionei o SBT a respeito. "O sucesso de audiência e comercial de todos os programas é revertido para a marca SBT e todos seus produtos", respondeu a direção da emissora.

Na visão de quem comanda o SBT, o tamanho da equipe do "Programa da Maisa" é satisfatório: "Para um programa semanal, o número está dentro dos padrões praticados pela emissora", diz.

Em texto publicado no blog esta semana, critiquei o excesso de artistas do SBT entre os convidados de Maisa – oito entre os 21 que participaram dos dez primeiros episódios do programa. Lamentei também a falta de imaginação de sua pauta e disse que, em alguns momentos, o talk show está parecendo um "Vídeo Show" do SBT.

Fui informado que a produção de Maisa tem sido pressionada internamente por gente do elenco da emissora que quer participar. O SBT nega. "Não é verdade. A produção tem total liberdade de convidar quem achar melhor para a atração, inclusive de outras emissoras, como Ana Paula Padrão, Marcelo Tas, Xuxa, Fabio Porchat (GNT), Karol konka (GNT), Fernanda Paes Leme (GNT), entre outros".

Neste sábado (25), além de Xuxa Meneghel, Maisa recebe Larissa Manoela, amiga e colega de SBT. Estão programadas, também, em edições futuras as presenças de Isabella Fiorentino, Carlos Alberto de Nóbrega e Silvia Abravanel.

O SBT considera normal esta situação. "É um programa de grade. A ideia é trazer toda a classe artística, sendo do SBT ou não. Se a atração convida os de fora, por que não convidar os colegas da casa? Qual problema nisso?", questiona a emissora.

Siga o blog no Facebook e no Twitter.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.