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SBT cita Flamengo para festejar vice-liderança, mas Record contesta posição

Mauricio Stycer

04/12/2018 05h01

Um anúncio em homenagem ao Flamengo, vice-campeão brasileiro, chamou a atenção dos leitores do "Meio & Mensagem" nesta segunda-feira (03). A publicidade foi a forma encontrada pelo SBT para se declarar vice-campeão em matéria de audiência no chamado PNT (Painel Nacional de Televisão) em 2018, como ocorreu nos últimos cinco anos.

Ainda faltando um mês para completar o levantamento, a emissora assegura que não pode mais ser alcançada pela Record na medição das 24 horas do dia nos principais mercados do país. "Estamos juntos, rubro-negros. Depois de mais um ano de muito suor, assim como vocês, agora é a vez do SBT comemorar. Somos vice-líderes por antecipação – só que no nosso campeonato".

O problema é que a Record também traz um anúncio na mesma edição do "M&M", a principal publicação destinada ao mercado publicitário, se dizendo vice-líder em matéria de audiência. Destacando o texto de uma notícia publicada por Ricardo Feltrin, colunista do UOL, no qual ele registra números do Ibope relativos a novembro, a emissora acrescenta: "Se você quer falar com o público da Record TV, a emissora do segundo lugar, com quase 50% da audiência da emissora líder, entre em contato com a nossa área comercial".

Os números mencionados na publicidade dizem respeito também ao PNT, mas restritos à faixa das 7h à 0h. A Record desconsidera a faixa da madrugada, onde o seu desempenho é inferior, e sublinha o período do dia que tem mais publicidade e ela é mais cara.

A discussão é antiga. Por exibir horário comprado pela Igreja Universal, entre 1h16 e 6h, a Record tem muito menos flexibilidade na programação do que Globo e SBT. E as duas emissoras rivais têm investido na faixa, tanto com seus talk shows de fim de noite quanto com jornalismo de madrugada.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.