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A quatro semanas do fim, “Fazenda 10” vira “Clube do Bolinha” e preocupa

Mauricio Stycer

18/11/2018 05h01

Completados dois meses de disputa, apenas sete dos 16 participantes que começaram ainda estão na "Fazenda 10". Apesar dos bons índices de audiência e dos muitos elogios ao apresentador Marcos Mion, a edição entra em seu terço final com um problema.

Das oito mulheres que começaram resta somente uma ainda no jogo, Cátia Paganote. Já dos oito homens que entraram apenas Sandro Pedroso e Aloisio Chulapa foram eliminados. Ou seja, são seis homens contra uma mulher na disputa pelo prêmio principal.

Por que "A Fazenda" virou um "Clube do Bolinha"? Uma explicação é que as mulheres, desde o início, se expuseram mais que os homens. Foram mais divertidas e corajosas. Vida Vlatt, Ana Paula Renault, Gabi Prado e Nadja Pessoa foram protagonistas das mais variadas intrigas e confusões. Mesmo Luane Dias, Perlla e Fernanda Lacerda produziram mais momentos de entretenimento que a maioria dos homens presentes.

Das oito roças já disputadas, três foram entre duas mulheres. E as outras cinco, foram entre um homem e uma mulher. Além da maior habilidade masculina para fugir da guilhotina, ainda houve a expulsão de Nadja, que caiu na provocação de Caíque.

Enfim, acho este desequilíbrio preocupante. Com previsão de término para 13 de dezembro, restam ainda 26 dias para o final. Sem perspectiva de repescagem, vai ser difícil manter o nível de animação e diversão numa casa com tipos tão pouco interessantes quanto os que ainda estão confinados, em especial Rafael Ilha, Sertanejo, João Zoli, Leo Stronda e Caíque Aguiar.

O mais recente evento, a festa pirata, deu uma boa ideia do que nos espera. Até Rafael Ilha reclamou do tédio. "Gastaram grana com o MC Créu para nego ficar em rodinha", protestou. Não sei o que ele imagina que poderia rolar numa festa dessas, mas concordo com a reclamação.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.