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Com nível mais alto dos candidatos, júri perde destaque no novo “PopStar”

Mauricio Stycer

16/09/2018 14h58


Lançado em julho de 2017, o "PopStar" padeceu ao longo de toda a primeira temporada do clima de festa entre amigos. Com candidatos muito fracos, os jurados passaram pelo constrangimento de elogiar quem visivelmente não merecia. Foi um show de bajulação tão grande que, logo no segundo episódio, a apresentadora Fernanda Lima pediu mais críticas e menos elogios.

Bastante renovado em 2018, o "PopStar" estreou neste domingo uma nova apresentadora, a carismática Taís Araújo, e um elenco aparentemente muito mais bem preparado do que o primeiro. O júri repetiu figuras da primeira temporada, mas com atuação bem mais discreta. O papel dos "especialistas" também foi limitado pela determinação que as notas deles oscilem apenas entre 9,7 pontos e 10.

A premissa deste show de talentos é ótima. O concurso, que promete um prêmio de R$ 250 mil ao vencedor, coloca no palco do estúdio celebridades que não têm a música como atividade principal.

O elenco atual é formado por uma modelo, Carol Trentino, uma jornalista, Renata Capucci, e 12 atores: Eri Johnson, Fafy Siqueira, João Côrtes, Jonathan Azevedo, Klara Castanho, Lua Blanco, Malu Rodrigues, Mouhamed Harfouch, Fernando Caruso, Jeniffer Nascimento, Samantha Schmutz e Sergio Guizé.

É verdade que alguns deles, como Malu e Jeniffer, têm experiência em musicais, e outros, como Guizé e Samantha, desenvolvem trabalhos musicais em paralelo à vida de ator.

Os júri de "especialistas" na estreia foi formado por Junior Lima, Vanessa da Mata, Toni Garrido, Benito di Paula, Dado Villa Lobos, Preta Gil, a dupla Marcos & Belutti, a apresentadora MariMoon, e Marcelo Soares, presidente da gravadora Som Livre.

Taís Araújo teve uma participação discreta na estreia. No momento em que mais chamou a atenção, se derreteu pela presença, na plateia, da filha de Renata Capucci. "Que amor…". Também fez um julgamento curioso sobre o número de Fernando Caruso, o mais cômico e desinibido da tarde: "Isso que eu chamo a pessoa se jogar".

Enfim, foi uma estreia sem maiores polêmicas, algumas boas surpresas, como Fafy Siqueira e Jonathan Azevedo, e ótima diversão.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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